A falta de investimento do governo federal em áreas prioritárias não encontra explicação na escassez dos recursos liberados pela União. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), a administração petista sequer conseguiu gastar todo o orçamento previsto para investimentos em 2013. Dos R$ 90,1 bilhões autorizados, foram empenhados R$ 66,4 bilhões, 73,7%. No entanto, apenas R$ 19,9 bilhões executados, o equivalente a 22,08%. Desses, somente R$ 16,9 bilhões foram efetivamente pagos. As informações são do jornal O Globo (6).
Os índices mostram que o governo movimentou obras em 2013 com os chamados restos a pagar de 2012, o que se repetirá neste ano. Na prática, só conseguiu executar uma média de 20% dos investimentos fixados em 2013.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o verdadeiro problema reside na falta de organização e no descompromisso com o patrimônio público.
“A execução de obras não é o forte do governo federal. Vimos em relatórios o baixíssimo número de construções de creches, unidades de pronto atendimento (UPAs). O ano de 2013 foi de fracasso total, de um governo que lançou uma série de promessas e não conseguiu cumprir”, disse.
O parlamentar salienta que a imperícia do executivo para lidar com o dinheiro dos cofres públicos faz com que sejam empregadas grandes quantias do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), direito do trabalhador, para cobrir rombos em iniciativas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Com a baixa capacidade de execução de investimentos em infraestrutura, perdem o governo, os estados, os municípios, o país e, principalmente, a população”, avaliou.
