Em texto publicado nesta quinta-feira (16), a revista britânica The Economist se referiu à inflação como “o bicho-papão do Brasil”, e apontou uma série de fracassos da política econômica do governo petista. Segundo o artigo, o ano de 2014 não começou bem para a presidente Dilma Rousseff, já que o real chegou ao fim de 2013 um terço mais fraco que o dólar do que quando a petista assumiu a presidência, há três anos. As informações são do portal de notícias G1 (16).
A revista destacou o resultado da inflação de dezembro, que ficou em 0,92%, o maior crescimento mensal em dez anos. “O resultado puxou o índice anual para 5,91%, acima das expectativas de mercado”, afirmou.
O texto também mencionou sinais alarmantes: as vendas de carros recuaram pela primeira vez em uma década no ano passado, e a saída de dólares no país foi a maior em 2013 desde 2002.
“A The Economist faz uma constatação que nós, brasileiros, já sentimos no bolso há tempos. Que a dona de casa comprova ao fazer as compras do mês”, avaliou o deputado federal Márcio Bittar (PSDB-AC).
Para o tucano, a alta inflacionária se relaciona a um afrouxamento na economia, iniciado no governo Lula e perpetuado na gestão Dilma.
“A administração petista perverteu todos os avanços econômicos conquistados pelo PSDB. FHC reuniu uma equipe econômica e teve a coragem de vencer velhos preconceitos e dar um choque de capitalismo no brasil. O que o país colhe hoje tem muito a ver com o que foi feito anos atrás”, explicou.
“Lula, para ganhar a eleição, compreendeu que tinha que manter esses fundamentos. Mas, como é da natureza dessa turma, que tem uma visão próxima ao comunismo, interferir na economia, controlar e criar um clima de insegurança, que não combina com planejamento a longo prazo, temos hoje toda essa incerteza para investimentos”, disse.
O parlamentar criticou ainda a constante ingerência do governo PT nas empresas públicas e privadas, citando os casos da Vale e da Petrobras.
“Para continuar fazendo as privatizações, o PT gastou 12 anos em uma discussão estéril, tudo isso para definir se era privatização ou concessão, o que praticamente dá no mesmo”, exemplificou.
Ele finalizou dizendo que a atual situação econômica é fruto do descontrole do Estado, “que não fez sua parte, não enxugou a máquina pública e mantém 40 ministérios que são um desperdício descomunal do suor do brasileiro”.