Aliados de Dilma apelam ao STF para evitar celeridade de impeachment

Acompanhe - 03/06/2016

Supremo_Tribunal_Federal DivulgaçãoPreocupada com o fim cada vez mais próximo do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff, a defesa da petista vai apelar ao Supremo Tribunal Federal para impedir que o rito do processo de impeachment seja acelerado. A ação averigua questão de ordem acatada na comissão processante no Senado que reduz o cronograma estabelecido pelo relator Antonio Anastasia em 20 dias. Aliados de Dilma alegam que a decisão representa uma violação do direito de defesa. Mas para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a decisão da comissão foi correta. A agenda, segundo o tucano, deve ser acelerada em favor da população.

“Essa questão de ordem é extremamente procedente. O governo do PT colocou o país e o povo brasileiro em uma profunda crise política, moral e econômica. E nós não podemos ficar alongando ainda mais essa situação. Além dessa questão de ordem ter respaldo jurídico e regimentar, também tem a causa maior de que o povo brasileiro não suporta mais esperar”, disse o tucano.

A questão de ordem prevê que acusação e defesa tenham dez dias para emitir as devidas alegações. Com isso, o julgamento final do processo de impeachment no plenário do colegiado deve ocorrer aproximadamente em 25 de julho. Para Ataídes, o tempo é um aliado importante para confirmar a decisão já manifestada pela maioria dos senadores de cassar o mandato da presidente.

“Eu vejo que a cassação desse governo Dilma é uma questão de dias, porque na admissibilidade, foi mais de dois terços da Casa. Portanto, eu não vejo riscos para que esse impeachment seja definitivamente aprovado pelo Senado Federal. Acredito que esta página será virada e o Brasil começará então a caminhar para frente”, declarou.

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ainda aguarda o recebimento formal do recurso contra o encurtamento do processo e afirmou ainda não ter opinião formada sobre ele.

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03/06/2016