Mais impostos: Unificação do PIS/Cofins pode ampliar em R$ 50 bi arrecadação do governo
Brasília – Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta que a mudança na cobrança dos impostos Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), sugerida pelo governo federal, pode aumentar o pagamento de tributos por parte dos prestadores de serviços, e fazer com que a elevação seja repassada nos preços para o consumidor final.
O assunto foi divulgado em reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (26). O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, definiu a possível modificação como um “golpe na sociedade”.
Na avaliação do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a proposta do governo federal ainda não foi devidamente debatida com a sociedade. O tucano ressaltou que a simplificação na cobrança de impostos é algo defendido pelo PSDB, mas não se pode saber se a proposta atual atenderá o propósito.
“Nós acreditamos que impostos que incidem sobre o consumo – e aí temos o ISS municipal, o ICMS estadual e, no âmbito federal, PIS, Cofins e IPI – sejam cada vez mais simples, ou até mesmo unificados”, destacou o parlamentar. No entanto, para o tucano, é possível que a alteração represente somente o acréscimo nos cofres da União.
Reforma tributária
Hauly criticou também as gestões do PT na Presidência da República, com Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, por não terem promovido uma reforma tributária adequada.
“Grande parte da crise que vivemos agora é resultado da ausência, por parte do PT, de uma reforma tributária que ampliasse a competitividade dos empreendedores”, apontou.