Ajustes fiscais permitem Marconi anunciar R$ 500 milhões em convênios com prefeituras

Desde o início da crise desencadeada pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, os gestores do PSDB têm tomado medidas de austeridade para fazer os ajustes necessários na máquina pública e não comprometer os investimentos e os serviços à população. É o caso, por exemplo, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que anunciou o aporte de R$ 500 milhões em convênios com 246 prefeituras.
Segundo o tucano, após dois anos administrando a maior recessão econômica da história do país e realizando ajustes fiscais, além da privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg) – que rendeu aos cofres públicos R$1,1 bilhão -, o governo estadual poderá agora injetar R$ 2,5 bilhões em obras neste ano e no próximo. “Vamos investir R$ 300 milhões no Protege, na reconstrução de rodovias; mais R$ 300 milhões no Fundo de Transportes para a manutenção de rodovias. Vamos fazer investimento muito forte em saneamento, e vamos investir junto ao governo federal e à Caixa Econômica um valor muito vultoso na construção de casas”, disse Perillo durante homenagem aos 80 anos da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg).
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, destacou, em evento público nesta quinta-feira (23), as iniciativas de Perillo para ajustar a máquina administrativa e priorizar investimentos em ações que dão condições aos municípios de atravessarem a crise econômico-financeira que entra no terceiro ano e impacta o desenvolvimento e limita os investimentos nos estados.
“Estamos reduzindo pela segunda vez a estrutura do nosso governo, no tamanho adotado pelo governador Marconi Perillo em Goiás, para que o governo possa manter um programa mínimo de ações, ao mesmo tempo que estamos definindo um plano de investimentos em infraestrutura viária que vai contemplar todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul”, disse o governador, lembrando que a busca do equilíbrio impõe desafios e exige “muita responsabilidade dos governantes”.
Para Azambuja, a capacidade do Estado de arrecadar, pagar servidores, cumprir obrigações com fornecedores e fazer investimentos em ações básicas diminuiu em razão da recessão deixada pelo governo Dilma. O governador afirma que as incertezas sobre a retomada do crescimento exigem nesse momento medidas duras. Por isso, a estrutura do governo do Mato Grosso do Sul tem que se ajustar à nova realidade para não correr o risco de uma calamidade financeira, como acontece no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, explica Azambuja.
“Depois de 2014 entramos nessa crise que é a maior da República brasileira. Nós nunca tivemos três anos seguidos de recessão, PIB negativo e baixo crescimento da economia. É muito difícil governar diante de uma crise enorme como essa. Impõe uma responsabilidade muito grande”, disse o governador.