Em dia de protestos, Serra alerta governo sobre os riscos do radicalismo

O senador José Serra (SP) usou as redes sociais para comentar a onda de protestos registrados em todo o país por conta do corte de 30% das verbas para institutos e universidades federais. Diante da grande adesão de professores, entidades sindicais, alunos e pais de alunos, o senador fez um alerta sobre os riscos do radicalismo ideológico de setores do governo, que está emperrando o diálogo com a sociedade.
Confira a íntegra da mensagem publicada pelo senador:
“Contra fatos e números não há argumentos.
Se esticar a corda no contingenciamento das despesas da educação, o governo vai paralisar o dia a dia das instituições de ensino público superior do Brasil. Simples assim.
Como o PSDB não aposta no quanto pior, melhor, sugiro ao governo que deixe de lado o seu radicalismo com vistas a construir uma solução coletiva num ambiente de diálogo. É incontestável a grande adesão aos movimentos de hoje por feitos por professores, entidades sindicais, alunos e pais de alunos. É uma das maiores do setor e chegou ao topo dos assuntos mais comentados do twitter.
O governo precisa distensionar rapidamente os ânimos anunciando que não contingenciará nada, até porque 95% da produção científica brasileira é feita em universidades públicas e institutos de pesquisa, federais ou estaduais.
Como senador de São Paulo também sou obrigado a registrar o alerta feito, em nota, pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, integrado pela USP, Unicamp e Unesp, que respondem por 35% dos programas de pós-graduação de excelência no Brasil e 35% da produção científica nacional. Além disso, essas instituições se destacam pelas inovações entre as universidades brasileiras e nos rankings internacionais de ensino superior, formando os nossos melhores quadros profissionais em todas as áreas do conhecimento. São instituições que dependem dos recursos públicos da Educação.
Interromper o seu fluxo (de recursos) é equívoco estratégico que impedirá o Brasil de enfrentar e resolver os seus grandes desafios sociais e econômicos.”
Com informações do portal do Instituto Teotônio Vilela (ITV)