Oposição adota ações para apurar denúncias de corrupção
Partidos querem convocar autoridades e providências do Judiciário
Partidos querem convocar autoridades e providências do Judiciário
Brasília (03) – Em reunião de bancadas, os líderes do PSDB no Senado e na Câmara, Alvaro Dias (PR) e Duarte Nogueira, decidiram várias ações para as oposições diante das denúncias de corrupção envolvendo vários ministérios e órgãos do governo do PT.
Ficou decidido que, além dos requerimentos de convocação de ministros já protocolados, os partidos de oposição vão cobrar providências do Judiciário, do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização.
“Nós vamos ao Supremo Tribunal Federal cobrar prioridade no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) que ingressamos contra medidas provisórias inconstitucionais; vamos à Procuradoria-Geral da República conhecer os procedimentos adotados em relação às representações que apresentamos e vamos à Controladoria Geral da União (CGU) questionar sobre as providências adotadas em relação às denúncias de corrupção”, disse Alvaro Dias depois da reunião.
O senador enfatizou ainda que vai continuar buscando assinaturas para instalar a CPI dos Transportes. “Vamos ouvir os ministros, mesmo que venham como convidados e não convocados, sobre as denúncias e dependendo das explicações poderemos ampliar o foco da CPI, transformando-a em CPI da Corrupção. Se conseguirmos instalar a CPI vamos oferecer um diagnóstico importante para acabar com o modelo espúrio de loteamento no governo”, avalia Dias.
O senador Aécio Neves (PSDB/MG), que também participou da reunião, disse que o governo precisa agir de forma preventiva para evitar denúncias, e não só reagir a elas. “Existem hoje órgãos de controle já amadurecidos e sólidos, que devem balizar a presidente para que ela tome as decisões, porque irá ficar sempre a impressão de que o governo só age quando existe uma denúncia que cause indignação à sociedade como aconteceu no ministério dos Transportes. Cabe a oposição, mesmo minoritária, cobrar de forma absolutamente clara que essa caixa-preta seja aberta e não há oportunidade melhor do que a presença aqui dos ministros de Estado. Existem denúncias que precisam ser apuradas”, disse.
Na Câmara, ao todo, são 15 documentos solicitando a ida de ministros, funcionários do governo, ex-ocupantes de cargos públicos e representantes das instituições de fiscalização, além de um requerimento de informação.
Os pedidos são assinados pelo líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), o líder da Minoria, Paulo Abi-Ackel (MG), e os deputados Vanderlei Macris (SP), Nelson Marchezan Junior (RS), Reinaldo Azambuja (MS) e William Dib (SP), envolvendo as comissões de Fiscalização Financeira e Controle, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Viação e Transporte.