Brasil cai três posições em ranking mundial de competitividade

Notícias - 18/10/2018

Em mais um resultado ruim para a economia, o Brasil caiu três posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial. O país passou para a 72ª colocação entre 140 nações, ficando atrás de países como Armênia, Bulgária e Romênia. No ano passado, a economia brasileira era a 69ª mais competitiva do mundo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Divulgado nesta quarta-feira (17), o estudo mostrou que o Brasil também é o menos competitivo entre os membros dos Brics e, mesmo na América Latina, aparece apenas na 8ª posição. Também estão à frente do Brasil o México (46º), Uruguai (53º), Costa Rica (55º), Colômbia (60º), Peru (63ª) e Panamá (64º).

Na avaliação do líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Marco Vinholi, a notícia é “gravíssima” e demonstra a necessidade urgente de o país promover as reformas estruturantes para recuperar o estado “lamentável” em que se encontra a economia.

“É uma situação terrível que o país passa e nós precisamos reagir a isso. Sem sombra de dúvidas, precisamos enfrentar as reformas que o Brasil precisa, senão vamos cair mais ainda. Se não tiver um enfrentamento de forma impactante nas reformas e um incentivo maior à indústria, vamos continuar muito distantes dos números ideias de competitividade”, avaliou.

Para chegar a essa constatação, a entidade avalia dezenas de indicadores, divididos em 12 pilares. Um dos mais problemáticos para o país é a avaliação de suas instituições. Entre os 140 países avaliados, o Brasil ocupa a última posição no que se refere à carga de regulação do setor público.

O governo brasileiro é ainda visto como um dos menos preparados para o futuro, aparecendo apenas na 129ª colocação nesse critério. O último lugar é da Venezuela.

O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB-SP) afirmou que o cenário é reflexo da má gestão dos governos do PT, que esteve no poder por mais de 14 anos e fez o país se tornar cada vez menos competitivo internacionalmente.

“Isso é mais uma constatação desse governo horrível que nós temos. Não dá segurança para ninguém investir. Que empresário vai investir no Brasil tendo todo esse ranking de competitividade ruim? E vai cair cada vez mais se não mudarmos os governantes. É mais uma triste constatação do desmando da política brasileira”, lamentou.

A reportagem mostra ainda que outro problema vivido pelo país é a segurança. No ranking que mede o crime organizado, o Brasil aparece na 124ª posição e, em taxas de homicídio, em 133ª. A confiança nos serviços policiais também é um dos piores, colocando o Brasil na 111ª posição.

Reportagem Clarissa Lemgruber

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18/10/2018