Adiamento de referendo revogatório estremece relação entre Venezuela e outros países
O anúncio de que o referendo revogatório do mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não acontecerá neste ano estremeceu ainda mais a relação entre o país e outras nações. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, disse que a decisão é “terrível” e aumentará a radicalização e o confronto entre os venezuelanos. O mecanismo, aprovado no primeiro ano de Hugo Chávez na presidência, prevê que a partir da metade do mandato de qualquer cargo eleito, possa ser convocado um referendo revogatório. Maduro atingiu a metade do mandato em abril deste ano. Se realizado antes de 2017, o referendo poderia resultar na convocação de novas eleições para definir o substituto do presidente. Mas se a consulta ocorrer apenas no próximo ano, o eventual sucessor de Maduro seria seu vice-presidente. Para o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy, da Bahia, a medida reforça o caráter autoritário do governo venezuelano.