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PSDB – Tucanafro
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Sucesso e superação marcam a trajetória da primeira juíza negra do Brasil

3 de outubro de 2014
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luislindaSalvador, janeiro de 1942. Local e data do início da trajetória de Luislinda Valóis, a primeira juíza negra do Brasil, hoje desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia e candidata a deputada federal pelo PSDB e Presidente do Tucanafro Bahia. A posição social e profissional que ocupa hoje é fruto de trabalho e esforço, sobretudo, por ter enfrentado inúmeros obstáculos, como qualquer cidadão. No caso de Luislinda o diferencial foi a vontade de mostrar àqueles que a discriminavam, por ser negra e pobre, que com motivação pode-se conquistar o que deseja.

A discriminação racial foi o pontapé inicial para a candidata almejar a judicatura, já que a própria se define como “preta, pobre e periférica”, logo, entendida das necessidades da população rejeitada. Além desse aspecto, luta pelos direitos iguais e pela integridade social do cidadão. A promoção de religiões africanas, a população albina, as vítimas do tráfico de pessoas e os direitos dos homossexuais também são causas militadas por Luislinda.

“Não vejo, no contexto atual, soluções para a desigualdade. A população necessita de políticas públicas consistentes. Temos que cuidar das famílias, dando oportunidade de educação continuada, contemplando também a inclusão digital”, declarou. Segundo a candidata, o investimento nessas áreas são prioridades por serem bases para novas soluções. “O resto deriva disso”, afirma.

As iniciativas inovadoras são marcas da trajetória de Valóis que, desde a década de 80, quando tomou posse como juíza, passando então a implantar suas ideias. Dentre essas, em Salvador, implantou um ônibus itinerante que facilitava o acesso da população moradora de bairros afastados ao Judiciário. No Paraná, quando atuou como procuradora federal, ganhou o prêmio Pinhão de Ouro – maior honraria entregue pelo estado –, pelo desenvolvimento de projetos sociais.

Já nos anos 2000, seguindo a linha de trabalho já desenvolvida, Luislinda criou o projeto Balcão de Justiça e Cidadania, voltado para a resolução de conflitos em áreas pobres da capital baiana. Ainda na mesma década foi nomeada desembargadora titular do Tribunal de Justiça da Bahia, além de ter sido também procuradora-geral do DNER.

Para corar seus trabalhos e suas conquistas, publicou, “O negro do século XXI”, em 2009. A obra retrata e apresenta a verdadeira história do povo afrodesendente e, para ilustrar, relata histórias de racismo vividas pela autora e pelos jovens de hoje.

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