Preço da gasolina cai, mas desconto ainda não é repassado ao consumidor

Imprensa - 21/11/2016

gasolina_110428_arquivoabrMesmo após uma redução do preço da gasolina, o consumidor ainda não sentiu os efeitos da diminuição no bolso. É o que aponta levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, divulgado nesta segunda-feira. Os primeiros cortes promovidos pela Petrobras foram há cinco semanas, mas ainda assim as distribuidoras de combustíveis — incluindo a BR Distribuidora — têm segurado o repasse dos preços menores da gasolina e do diesel aos postos. O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) defende uma fiscalização para que a redução dos preços seja repassada aos consumidores.

“Eu acho que precisa haver uma fiscalização que demonstre essa redução que não tá chegando e ver o que é preciso ser feito no ponto de vista jurídico em cima dessa questão. A redução do valor dos combustíveis é um gatilho importante para o controle inflacionário. Reduzir o combustível para o controle inflacionário é fundamental para a gente nesse momento no país estar reorganizando a economia, quer dizer, em todos esses sentidos ajudaria as companhias de ônibus da cidade, ajudaria muito na questão do transporte alimentício, e todas as outras coisas que passam pela questão dos combustíveis”, disse Narcio.

O deputado Caio Narcio ainda apontou como positiva a ação da Petrobras em abaixar os preços. O tucano ressalta a medida como importante para o reequilíbrio econômico do país.

“Eu acho que é uma decisão acertada. Não faz nenhuma lógico o combustível tá reduzindo no mundo inteiro e no Brasil aumentando. É fundamental que essa redução – que diga-se de passagem é a segunda vez que acontece durante o governo Temer – consiga chegar aos bolsos do consumidor final. Para que não só tenha um sentimento de alívio do ponto de vista financeiro, mas que isso provoque aceleração na economia – que é o que o Brasil tá precisando ter”, declarou o parlamentar.

Considerando os dois cortes, promovidos em 14 de outubro e em 8 de novembro, a Petrobras estimou um repasse às bombas de R$ 0,10 por litro no caso da gasolina e de R$ 0,25 por litro no diesel. Mas ao invés de cair R$ 0,10, a gasolina subiu R$ 0,02 desde outubro. O diesel recuou apenas R$ 0,02 no período.

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21/11/2016