PSDB – MS

Imprensa

Preço da luz fica 24% acima do de 2012, mostra Folha de S. Paulo

luz-300x225Brasília (DF) – O resultado dos esforços do governo para reduzir os preços de energia elétrica para a indústria durou pouco mais de um ano. Cerca de 99% das empresas do setor pagarão mais pela eletricidade neste ano do que em 2012 -quando foi promulgada a MP 579 a fim de diminuir os preços-, mostra levantamento da Comerc Energia, a pedido da Folha de S. Paulo.

A alta registrada nos custos é bem superior à inflação do período (de 11% desde setembro de 2012).

O cálculo da Comerc, consultoria e comercializadora de energia, desconsidera os consumidores do mercado livre, que negociam diretamente com distribuidoras.
O mercado livre é restrito a grandes companhias, menos de 1% do total, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), embora em volume elas representem cerca de 60% do consumo do setor.

Declaração de Lula sobre julgamento do mensalão desrespeita o Judiciário, afirma Aécio Neves

aecio-acsp-6-300x200São Paulo – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou nesta segunda-feira (28) as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o julgamento do mensalão dadas a uma emissora de TV de Portugal no último fim de semana. Para Lula, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou integrantes de seu governo por corrupção e outros crimes, foi mais política do que técnica.

“É lamentável vermos um ex-presidente da República com afirmações que depõem contra o Poder Judiciário brasileiro. Não podemos respeitar o Poder Judiciário quando ele toma decisões que são favoráveis e desrespeitá-lo quando ele toma decisões que não nos são favoráveis. Até porque pela importância do cargo que ocupou deveria ser ele o primeiro a zelar pelo respeito às nossas instituições. Quando se combate o Judiciário, quando se combate a imprensa, porque é crítica a ações do nosso grupo político, ou apenas por isso, não se faz um bem à democracia”, disse Aécio em entrevista coletiva em São Paulo.

De acordo com reportagens da imprensa brasileira, Lula disse que a decisão do STF foi 20% técnica e 80% política e que o mensalão não existiu. “Não compreendo as razões que levaram ele a esta contabilidade. Apenas lamento que um ex-presidente da República, sobretudo fora do país, dê uma declaração de desrespeito ao Poder Judiciário, grande parte desse Poder Judiciário, preenchido por indicações suas. Foi um momento de infelicidade do ex-presidente”, completou o presidente do PSDB.

Aécio Neves cumpre agenda em São Paulo nesta segunda-feira (28). Pela manhã, fez uma palestra sobre os desafios do Brasil para cerca de 150 empresários na Associação Comercial e, à tarde, se reúne com vereadores da capital.

Durante a entrevista coletiva, o presidente do PSDB fez uma avaliação sobre o desempenho da presidente Dilma Rousseff nas últimas pesquisas eleitorais. Para Aécio, o PT terá dificuldade para fazer frente aos adversários. “Ela hoje, novamente por estar à frente nas pesquisas, tem que acalentar a perspectiva de ir ao segundo turno, mas, vou repetir, talvez aqui de forma mais clara, o que disse ali: ninguém tem lugar assegurado no segundo turno, nem o PT. Da mesma forma que nós, ela vai ter que trabalhar muito para estar no segundo turno”, afirmou Aécio.

Clique AQUI para ler os principais trechos da entrevista do senador.

Aécio defende corte de ministérios e simplificação tributária em palestra em São Paulo

aecio-acsp-2-300x200Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta segunda-feira (28) a redução da máquina pública federal e a simplificação da carga tributária. Ao falar com empresários em palestra na Associação Comercial de São Paulo, Aécio disse que o Brasil precisa cortar pela metade o atual número de 39 ministérios e que a sociedade brasileira não suporta mais pagar uma carga tão pesada de impostos.

“Se o PSDB vencer as eleições, nós acabaremos com metade desses ministérios e criaremos uma secretaria extraordinária para, em seis meses, apresentar uma proposta de simplificação do sistema tributário”, disse Aécio aos empresários.

Durante uma hora e meia, Aécio elencou uma série de problemas enfrentados pela economia brasileira e responsabilizou o governo federal pela perda de credibilidade do país no cenário internacional.

Para o tucano, Dilma falha no combate à inflação e retoma uma agenda que já havia sido superada pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Infelizmente, em vez de discutir competitividade e produtividade, voltamos a falar sobre controle de inflação e garantia de contratos. Retrocedemos a uma agenda de dez anos atrás. Ou reorganizamos o Estado do ponto de vista da gestão e fiscal, ou certamente o custo para essa e as futuras gerações será muito maior”, disse Aécio.

A palestra foi acompanhada por 150 empresários, além de líderes do PSDB, como o governador de Goiás, Marconi Perillo, o secretário-geral do PSDB, deputado federal Mendes Thame, o vice-presidente do partido, ex-governador Alberto Goldman, o presidente do Instituto Teotônio Vilela em Minas Gerais, o ex-ministro Pimenta da Veiga, e o vereador paulistano Floriano Pesaro.

Aécio Neves também disse que o governo petista deixará como legado um cenário perverso para o país, com inflação alta e crescimento pífio do PIB. “Um país com as dimensões e o potencial do Brasil não pode se contentar com esse cenário impróprio e desconectado com as nossas realidades”, afirmou.

O presidente nacional do PSDB voltou a defender a atuação eficiente e transparente do poder público. “O atual governo perdeu a percepção de que o Estado pode e deve ser eficiente. Recuperar isso é fundamental. Não há medida de maior alcance social do que a correta aplicação dos recursos públicos, com ética e transparência”, ressaltou.

Aécio também criticou o PT pelo isolamento do Brasil em acordos internacionais de livre comércio. Para o tucano, os petistas fecharam o país para o resto do mundo e buscaram alinhamento ideológico com países com pouco apreço pela democracia. “Precisamos reconectar o Brasil ao resto do mundo desenvolvido, sem deixar de expressar a nossa solidariedade com vizinhos e países africanos”, defendeu o presidente do PSDB.

Primeiro voto da Juventude é valorizado no 7° Encontro Regional do Pensando MS

primeiro_voto_de_jovens_foto_marycleide_vasques (1)
Fotos: Marycleide Vasques

Dezenas de Jovens se filiaram ao PSDB no último sábado (26), em Dourados, no 7° Encontro Regional do Pensando MS, poucos dias após retirarem o título de eleitor. Esses jovens farão o assim chamado Primeiro Voto, o que na visão dos jovens ouvidos “é algo importantíssimo”. “Agora, além disso, eles são filiados ao PSDB e se sentirão parte importante deste processo. Em outubro, milhões de brasileiros escolherão seus deputados, senadores, governadores e o presidente da República”, comentou o presidente da JPSDB-MS, Anderson Barão.

Para Barão, é importante incentivar a juventude a votar consciente. “Os jovens quando questionados, dizem que não gostam de política, pois se acostumaram a ver apenas a politicagem que a mídia mostra todos os dias: corrupção, desvio de verbas, descaso com o povo, serviços públicos ineficientes, mas nós da Juventude do PSDB temos a missão de mostrar a outra face, a da politização, mostrar aos jovens que eles podem mudar essa realidade, que podem se tornar propagadores da boa política, com uma ideologia séria e embasada na transparência, no respeito e participação. Isso é o que o PSDB propõe tanto para o Estado de Mato Grosso do Sul, quanto para o Brasil”, disse o presidente da JPSDB.

O Projeto Pensando Mato Grosso do Sul está visitando todas as regiões do Estado, onde tem feito levantamentos qualitativos e quantitativos junto à população e sociedade civil organizada. Com esses dados, o PSDB tem identificado o panorama real das necessidades de cada região, incluindo aí as demandas dos jovens que pedem mais saúde, educação e segurança pública. No evento de Dourados, o PSDB teve além dos jovens já filiados ao PSDB a filiação de jovens que terão, pela primeira vez, a oportunidade de fazer parte das escolhas que nortearão o Estado e o País.

primeiro_voto_de_jovens_foto_marycleide_vasques (2)“O povo brasileiro pede mudanças na política, e os jovens são parte fundamental deste processo, por representarem o novo. Partido sem juventude é partido sem futuro, por isso agradecemos ao deputado estadual Marcio Monteiro, presidente do PSDB-MS, e ao deputado federal Reinaldo Azambuja, que coordena o Pensando MS, por acreditarem na Juventude de nosso Estado”, disse ainda Anderson Barão.
(Da JPSDB-MS, com assessoria do PSDB-MS)

“Marretas na inflação”, análise do ITV

Análise do Instituto Teotônio Vilela

moedaA disparada de preços está entre os muitos problemas que os brasileiros enfrentam hoje. A inflação é a tônica do cotidiano de todos os que vivem no país, mas o governo petista acha que pode despistar os reajustes com picaretagens. O resultado tem sido o inverso: a conta está ficando cada vez mais salgada.

A inflação só está onde está porque preços e tarifas importantes estão sendo manipulados. É o caso dos combustíveis, da energia elétrica, das passagens de transporte público, para ficar apenas nos exemplos mais significativos. Nem assim, porém, os índices ficam comportados. No bolso dos brasileiros, os preços já doem muito mais.

A meta de inflação brasileira é de 4,5% ao ano. O regime de bandas permite uma flutuação de até dois pontos percentuais para acima ou para baixo. O pessoal do governo do PT parece não entender bem o mecanismo: confunde a meta a ser perseguida com o teto e contenta-se com qualquer coisa que não escape dos 6,5%.

O IPCA, índice oficial de inflação, está em 6,15% nos 12 meses terminados em março. A tendência é que suba mais nos próximos meses, engordado pelos preços mais altos dos alimentos em função da estiagem que nos assola desde o verão. É possível que o IPCA encerre 2014 mais alto do que no ano anterior.

A média, porém, esconde detalhes mais sórdidos. Os alimentos sobem em torno de 9% ao ano desde 2010. Alguns itens específicos acumulam altas acima de 100%, ou próximo disso, nos últimos três anos: mandioca, tomate, tangerina, banana, batata, entre outros. Há bem mais tempo, a inflação dos serviços também não cai abaixo dos 8%.

E o que propõe o governo da presidente Dilma Rousseff para acabar com o problema? Simples: tirar os alimentos do cálculo da inflação. Seria perfeito, desde que acompanhado de outra medida baixada por ato oficial: proibir o povo de comer.

A ideia de alterar o cálculo da inflação no país foi divulgada por O Globo na semana passada. Diante da péssima repercussão, o Planalto recuou. Até porque a mandracaria não representaria refresco para os índices de preços: retirados os alimentos do cálculo, o IPCA acumulado em 12 meses seria ainda mais alto, em torno de 7,4%.

As marretas que o governo petista tem empregado para conter a inflação são inadequadas e estão – todas elas – falhando. A baixa das tarifas de energia, por exemplo, já virou fumaça e o que está no horizonte agora é um tarifaço que vai eletrocutar as contas de luz dos brasileiros nos próximos anos.

A indústria já paga hoje pela energia que consome mais do que pagava antes da intervenção voluntarista, truculenta e irresponsável de Dilma no setor elétrico. “Com os reajustes já aprovados em 2014, os consumidores industriais pagarão, em média, 23,8% mais do que no período anterior à aprovação da MP [n° 579, que mudou as regras do setor]”, mostrou a Folha de S.Paulo no domingo.

Os consumidores residenciais também se depararão com faturas salgadas tão logo o Tesouro comece a repassar os custos para as tarifas, num valor que só neste ano poderá alcançar R$ 22 bilhões, segundo informa hoje o Valor Econômico. Somado ao rombo do ano passado, surge no horizonte o risco de reajustes na casa dos 30%.

A outra perna da estratégia furada de manipular a inflação é o controle dos preços dos combustíveis, que vem não só destroçando a Petrobras como também já dizimou dezenas de usinas e cerca de 100 mil empregos no setor de etanol, numa crise sem precedentes nos 40 anos de história da produção do combustível renovável no Brasil.

A estabilidade da moeda é uma das maiores conquistas da sociedade brasileira na sua história recente. O PT jamais colaborou com estes avanços, tendo, inclusive, se oposto ao Plano Real. Agora no governo está fazendo pior e cutucando o dragão da inflação com a vara curta da irresponsabilidade. São as típicas políticas do improviso, caras aos petistas, deixando seu rastro de estragos.

“Etanol: até quando?”, por Aécio Neves

aeciocoletiva-300x199Pare para pensar: quantas vezes, nos últimos tempos, você passou num posto de combustíveis e abasteceu seu carro flex com etanol? Se você considera apenas o bolso, e é natural que seja assim, é provável que pouquíssimas vezes não tenha enchido o tanque com gasolina. Não é um contrassenso num país como o Brasil?

A mais verde e amarela das tecnologias alternativas, muito menos poluente e danosa ao ambiente e à saúde das pessoas, e uma das mais eficazes opções à queima do combustível fóssil, vive crise sem precedentes no país.

Tenho andado muito pelo interior do Brasil e visto de perto o vigor da nossa agropecuária e a dedicação dos nossos produtores. Por tudo isso, é contraditória a gravidade da crise por que passa a nossa produção de álcool.

Nos últimos anos, mais de 40 usinas fecharam. Outras estão em processo de recuperação judicial ou enfrentam graves dificuldades. Milhares de pessoas já perderam o emprego.

Trata-se de situação completamente distinta da que se projetava poucos anos atrás. Até então o Brasil estava fadado a ser a maior potência mundial de energia renovável.

Caminhávamos para ser a vanguarda da sustentabilidade, exemplo em um mundo em busca de fontes não fósseis, limpas e mitigadoras do aquecimento global pela redução das emissões de CO2.

Descarrilamos, contudo.

Não foi obra do acaso. Não foi barbeiragem de produtores, nem irresponsabilidade de investidores. Não foi mera consequência da mudança de ventos na economia global.

Foi, isso sim, produto de equívocos cometidos por uma gestão que está matando o etanol brasileiro. É um estrago de grandes proporções, que se espalha por longa cadeia de produção que envolve 2,5 milhões de trabalhadores e centenas de municípios do país.

Sem perspectivas de melhora, as usinas não investem, o mercado não reage e o Brasil chega ao ponto de importar etanol dos EUA -e com desoneração tributária concedida pelo governo federal. Como pode?

Os produtores não precisam de muito, mas têm nos faltado o básico. Basta que o governo não atrapalhe, como tem feito, defina uma política de longo prazo para o setor energético e reestabeleça condições mínimas de competitividade: equilíbrio na formação de preços, tributos adequados e algum amparo na forma de linhas de crédito que realmente funcionem.

Não é algo tão complicado, mas é tudo o que o governo petista não faz.

Há uma crise de confiança instalada no país. As vítimas vão caindo pelo caminho -e são cada vez mais numerosas.

É o futuro do Brasil que está sendo sabotado. No caso do etanol, é toda uma experiência de mais de 40 anos que está sendo jogada no lixo pela vanguarda do atraso.

*Aécio Neves é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB

**Coluna publicada na Folha de S. Paulo – 28-04-2014

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

alianca-da-oposicao-na-bahia-pod-140x140Há uma crise de confiança instalada no país. As vítimas vão caindo pelo caminho -e são cada vez mais numerosas. É o futuro do Brasil que está sendo sabotado. No caso do etanol, é toda uma experiência de mais de 40 anos que está sendo jogada no lixo pela vanguarda do atraso.

Lideranças de diversos partidos aclamam Reinaldo para o governo do Estado

Presidente do PSDB-MS diz que Reinaldo já não tem mais duas opções: governo ou Senado

marcio_monteiro_foto_marycleide_vasquesDurante o 7º Encontro Regional do Pensando Mato Grosso do Sul, neste sábado (26), em Dourados, lideranças de diversos partidos aclamaram Reinaldo Azambuja (PSDB) como nome definido para a disputa do governo do Estado. O evento foi para apresentar os dados do Pensando MS referentes à região da Grande Dourados, o que de fato foi feito pelo coordenador do projeto, o deputado federal Reinaldo, entretanto, a questão eleitoral perpassou os pronunciamentos de lideranças de partidos apoiadores do projeto.

O presidente do PPS, Athayde Nery, disse que “Reinaldo está preparado para ser senador da República, mas muito mais preparado para governador do Estado […] O PPS está junto com o PSDB nessa empreitada. Nós também já sabemos com quem nós não vamos”. O PPS já foi aliado do PSDB no pleito municipal em Campo Grande em 2012, com Athayde na vaga de vice de Reinaldo na disputa pela Prefeitura.

Com mais sutileza, o deputado estadual Osvane Ramos (PROS) afirmou que “felizes seremos todos nós pensando um novo Estado junto com o PSDB”. O deputado tem participado dos encontros regionais do Pensando MS desde o início do projeto, um ano atrás.

Já o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que não faltou a nenhum dos sete encontros do Pensando, falou em nome do DEM e do presidente estadual, deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que não pôde comparecer. O democrata reforçou o apoio do DEM ao projeto com Reinaldo Azambuja. O deputado disse ainda que se Reinaldo de fato se candidatar ao governo, ele exercerá qualquer função que o tucano lhe delegar, mesmo com 74 anos de idade.

“Reinaldo tem capacidade, tem conhecimento, tem motivação para ser o nosso governador. […] Talvez Reinaldo não foi prefeito de Campo Grande porque estava reservado para ser o nosso governador”, disse Zé Teixeira.

marcio_monteiro_foto_jéssica_barbosaFizeram coro ao clamor dos partidos parceiros do projeto Pensando MS lideranças do PSDB.
O professor Rinaldo Modesto (PSDB) disse que “o povo desse Estado não aguenta mais a bipolaridade de PT de um lado e PMDB do outro administrando o Estado”.

O líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Onevan de Matos, disse que “o caminho de Reinaldo será o governo de Mato Grosso do Sul”.

O 7º Encontro Regional contou com a participação de lideranças de 14 partidos: PSDB, PRP, DEM, PROS, PSD, PPS, PSDC, PMDB, PDT, PPL, PMN, PP, PV e PCdoB.

Opção única – Ao encerrar o 7º Encontro Regional, o deputado estadual Marcio Monteiro esclareceu que tem o dever de conduzir o partido de forma que atenda aos anseios da maioria dos filiados. “É por isso que o exercício democrático do Pensando MS vai nos levando a uma conclusão”, disse Monteiro, conclusão que foi reforçada pelos pronunciamentos que o precederam e pela manifestação do público presente na Câmara.

“Já não tenho mais dúvida, já não tenho mais preocupação sobre qual caminho nós devemos seguir. Agora, Reinaldo, você não tem mais duas opções, a sua opção é essa que a população, os peessedebistas e as lideranças que estão aqui estão clamando ou é essa também”, disse Monteiro.

Ao mencionar duas opções, o presidente do PSDB se referia aos cenários possíveis para o futuro político de Reinaldo Azambuja: Senado ou governo do Estado. Reinaldo é pré-candidato a cargo majoritário e deverá disputar um dos dois cargos. Se for para o Senado, o PSDB vem conversando com o PT para formalizar aliança na qual Delcídio seria o candidato ao governo, enquanto Reinaldo disputaria a vaga de senador.

Entretanto, Reinaldo disse em entrevista coletiva nessa sexta-feira que acredita ser difícil a aprovação da aliança pelas direções nacionais do PT e PSDB, devido ao “acirramento” da disputa envolvendo o cargo de presidente entre as duas legendas. O PSDB tem como pré-candidato à sucessão da atual gestão o senador mineiro Aécio Neves.

Dessa forma, se não houver a aprovação nacional, Reinaldo não descartou se tornar a terceira via na disputa ao governo do Estado, situação em que confrontaria em MS os candidatos do PT e PMDB. O PSDB deu prazo até 30 de abril para que o PT local obtenha uma resposta da direção nacional petista.

Pensando MS: Reinaldo reafirma importância de a classe política ouvir a população

No 7º Encontro Regional do projeto, Grande Dourados identifica saúde como maior problema

reinaldo_azambuja_foto_jéssica_barbosaO deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), coordenador do Pensando MS, abriu o 7º Encontro Regional do projeto em Dourados neste sábado (26) reiterando a importância de a classe política ouvir a população, de “ pensar” e planejar as ações com base no que é apontado pelas pessoas.

“Alguns têm nos criticado por ouvirmos as pessoas; outro dia nos disseram: ‘enquanto o PSDB está pensando, nós estamos fazendo’. Então eu pergunto: será que estão fazendo corretamente? Será que estão fazendo aquilo que é prioridade das pessoas que estamos ouvindo?”, questiona Reinaldo.

Ele esclarece ainda que essa é a razão do Pensando MS, para ouvir da população quais são suas prioridades. “A política só faz sentido se as necessidades da população forem atendidas, se cada centavo do dinheiro público for aplicado para melhorar a vida das pessoas”, disse o coordenador do projeto neste sábado a cerca de 400 pessoas que superlotavam a Câmara de Vereadores de Dourados.

pensandoMS_foto_marycleide_vasquesProblemas prioritários – Para os moradores dos 11 municípios da Grande Dourados, Saúde é o setor que representa o maior desafio à próxima administração estadual. Esse é o problema prioritário apontado por 97,57% da população regional. Em segundo lugar, Educação (95,40%) e, em terceiro, Segurança Pública (93,56%).

“Por que a saúde é o maior problema da região?”, questionou Reinaldo, que em seguida trouxe dados de uma pesquisa do IBGE que apontam baixo volume de recursos aplicados no setor. O IBGE, através da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), apontou que Mato Grosso do Sul aplicou apenas 8,7% do orçamento em saúde em 2013, o que põe o Estado na 25ª colocação entre as unidades da federação, à frente apenas do Rio de Janeiro.

O IBGE afirma, contudo, que não é possível dizer que os Estados descumprem a lei de investimento mínimo de 12% do orçamento. Conforme o instituto, os Estados não especificaram a fonte da receita do orçamento para a rubrica, podendo ser incluídos valores, por exemplo, dos royalties de petróleo, conforme notícia divulgada pelo jornal O Globo.

Para Reinaldo, os prefeitos sozinhos não têm condições de investir o suficiente para manter serviços de boa qualidade, sem o respaldo das aplicações orçamentárias das outras esferas de governo.

Quanto à educação, setor que representa o segundo maior desafio às administrações da Grande Dourados, os levantamentos do Pensando identificaram diversos problemas: a título de exemplo, em Glória de Dourados há creche em construção há 10 anos, mas de modo geral, faltam escolas (carência de vagas principalmente no ensino médio), falta investimento em esporte e cultura, professores sem qualificação adequada, baixos salários etc.

Reinaldo defendeu como forma de solucionar os problemas regionais, uma política com propostas também regionalizadas, que leve em consideração as peculiaridades de cada região de Mato Grosso do Sul. “Hoje o Estado está criando uma concentração brutal de desenvolvimento em algumas regiões” em detrimento de outras, esclareceu o deputado.

No âmbito do Pensando MS, a região da Grande Dourados inclui os seguintes municípios: Caarapó, Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Laguna Carapã, Rio Brilhante e Vicentina. O projeto prevê a realização de nove encontros regionais. Restam ainda o do Bolsão (em Três Lagoas) e o da região Central do Estado, que será em Campo Grande, em maio.