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Justiça impede tentativa do PT de calar verdade de Antônio João

Para juiz, não foi comprovada inveracidade na afirmação do candidato a senador da Coligação Novo Tempo de que a cúpula do PT estava detida no presídio Papuda, em Brasília

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Antônio João, Reinaldo e Professora Rose / foto: Chico Ribeiro

O juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), desembargador Romero Osme Dias Lopes, indeferiu representação da Coligação “Mato Grosso do Sul Com a Força de Todos”, do PT, contra o candidato a senador Antônio João (PSD), da coligação Novo Tempo (PSDB, PSD, PPS, DEM, PMN e Solidariedade).

Para o magistrado, não cabia nem concessão de liminar tampouco aplicação de medida quanto ao mérito na ação, qual seja, concessão de direito de resposta.

A coligação do PT ajuizou representação em face de declaração de Antônio João. No dia 31 de agosto, o candidato a senador disse na propaganda eleitoral em TV: “Você sabe o que é PT? PT é perda total. Nós temos aquela dificuldade de falar com os dirigentes porque a gente tem que aproveitar as visitas de final de semana na penitenciária pra falar com eles. Na Papuda lá em Brasília, tá a cúpula inteira. Nós precisamos mudar isso. Nós temos que mudar isso. São os nossos filhos que vão viver nesse Brasil”.

O magistrado julgou a ação improcedente e negou direito de resposta ao PT porque entendeu que não restou comprovado que tal afirmação fosse inverídica. “Na hipótese, a despeito da acidez das declarações, não é possível o reconhecimento de ofensa que autorize o manejo de resposta, porquanto as críticas formuladas estão dentro dos limites da crítica política tolerada em período de disputa eleitoral”, embasa o magistrado.

 

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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“Central de Alopragens”, análise do ITV

1stu6130-300x200Pode ser mera coincidência. Mas é só o período eleitoral chegar para que o PT multiplique as barbaridades que é capaz de cometer para agarrar-se ao poder. De novo, gente graúda da equipe de governo está envolvida. De novo, o Palácio do Planalto está sendo usado como central de alopragens.

Até hoje sabia-se que quadros da Petrobras, alguns assessores de lideranças petistas no Congresso e um auxiliar do ministro das Relações Institucionais estiveram envolvidos na farsa montada para forjar depoimentos de mentirinha na CPI instalada no Senado para apurar as suspeitas de maus negócios feitos pela estatal quando Dilma Rousseff presidia seu conselho de administração.

Mas a coisa é mais feia do que parecia à primeira vista. Publica a Folha de S.Paulo em sua edição de hoje que partiram de dentro do Planalto iniciativas para controlar o andamento da comissão no Congresso.

Mais precisamente “o secretário-executivo do ministério [de Relações Institucionais], Luiz Azevedo, ajudou a elaborar o plano de trabalho apresentado pela comissão em maio, que incluía um roteiro para a investigação e sugestões de perguntas”.

Poderia ser surpreendente. Deveria ser de corar de vergonha. Mas, em se tratando do PT, não é. Trata-se apenas de mais uma história em que a estrutura oficial, mais especificamente órgãos abrigados no coração do poder em Brasília, é usada para perpetrar farsas, sempre na tentativa de prejudicar adversários e de corromper instituições da República.

Nas eleições de 2010, foi no mesmo Palácio do Planalto que Erenice Guerra, a substituta de Dilma na Casa Civil, colocou a turma dela para forjar dossiês que visavam atingir o presidente Fernando Henrique Cardoso. Flagrada, perdeu o cargo, mas não parou de circular pelos corredores de Brasília desfilando influência e facilidades.

Em 2006, aloprados comandados por Ricardo Berzoini, o mesmo que hoje chefia as Relações Institucionais de Dilma, tentaram atingir José Serra e Geraldo Alckmin, que então disputavam o governo de São Paulo e a presidência da República, respectivamente. Como se pode ver, a expertise do ministro petista continua à disposição da companheirada para o que der e vier…

Tem gente no PT que acha que as revelações sobre o vale-tudo do partido e seus estratagemas para evitar a elucidação de tenebrosas transações são tudo “bobajada”. Não são.

Novamente, está-se diante de uma escolha: de um lado, quem luta para preservar as instituições, o interesse do país; de outro, quem tudo teme, provavelmente porque muito deve. Este tempo de aloprações tem que acabar.

Nota à imprensa

logo-600x400-300x200A declaração do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de que irá representar na Procuradoria-Geral da República pelo uso do aeroporto da cidade de Cláudio sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revela a realidade da campanha de Dilma Rousseff.

Não tendo como explicar a queda da atividade econômica do país, a escalada da inflação e o desarranjo econômico nas contas do governo, criam factóides para desviar a atenção do povo brasileiro.

A verdade é que o crescimento da intenção de votos em Aécio Neves, como revelam as últimas pesquisas eleitorais, a baixa aprovação do governo de Dilma Rousseff e seu alto e crescente índice de rejeição fizeram com que batesse o desespero na campanha do Partido dos Trabalhadores.

A consequência é que, não tendo mais o que dizer, se tornaram repetidores de um único discurso.

As explicações já foram apresentadas, e a prova da legalidade dos atos praticados pelo governo do Estado de Minas Gerais é incontestável. Agora é hora de falarmos do futuro do Brasil. E o futuro do país é a mudança.

Carlos Sampaio
Coordenador jurídico da Coligação Muda Brasil

“O dever da tolerância”, por José Aníbal

jose-anibal-foto-george-gianni-psdb-300x199Escrevi semanalmente neste blog, sempre às quartas-feiras, desde 12 de março de 2013. Neste período pude experimentar a tal “cachaça” de que falam os jornalistas. Escrever é tão estimulante quanto ler. Principalmente numa democracia como a nossa, vibrante, anárquica, cheia de excessos e lacunas.

Desde então, reservei as noites de quarta para espiar como o artigo se saiu e os comentários que os leitores do Noblat deixaram para mim. Falar sobre o cotidiano do país assim, com assiduidade, posicionamento e exposto ao contraditório (e ao ataque), não é fácil. Habituados a certa inviolabilidade, políticos raramente têm a possibilidade de saber o que dizem e o que pensam de suas ideias. Muitos não querem nem saber.

O mais interessante, no entanto, é observar que há no noticiário um nervo oculto que, por algum motivo, desperta o interesse de todo tipo de gente, interfere nas percepções coletivas e causa nas pessoas a necessidade de falar – o que sai daí tem sentidos dos mais variados. A utopia democrática é juntar essa diversidade com absoluta tolerância de uns para com os outros. Espaços como este blog, onde a praticamos, precisam ser preservados.

Foi justo no aperfeiçoamento democrático e no dever da tolerância onde Dilma, ao meu ver, mais deixou a desejar como presidente da República – mais do que pelo evidente populismo que marca seu governo ou no desleixo com a coisa pública. Dilma deu guarida aos guerrilheiros do achincalhe político, aos sequestradores de reputação, aos que usam o Estado para perseguir, intimidar e difamar adversários. Justo ela.

Como é de conhecimento público, o enredo que imputa a mim desvios que jamais cometi foi forjado dentro do Ministério da Justiça. Arranjado por um deputado petista, o documento apócrifo foi vazado com a chancela do Cade e plantado na Polícia Federal, clandestinamente, pelo ministro José Eduardo Cardozo. O protocolo de entrada do documento na PF não existe. O PT tentou sujar meu nome e usou a estrutura do Estado para espalhar o boato. Semana passada, a oitiva, voluntária, das testemunhas, desmoralizou as calúnias do bandido delator protegido pelos petistas.

Não é de se estranhar que os mesmos que sustentam, acobertam e tiram proveito político dessas desonras defendem ardorosamente o “controle social” da mídia e produzem listas negras de jornalistas. A imprensa comprada, obviamente, os idolatra. Dilma, vértice desta edificação, contribuiu, com sua permissividade, para corrosão dos costumes políticos que ora observamos. Não construiu instituições nem reforçou os anteparos democráticos. Não foi estadista.

Quanto a mim, continuo entusiasta da democracia pois, entre outras vantagens, ela se encarrega da própria depuração. Para isso, é fundamental que, mesmo discordando, todos sejam livres para falar. A verdade e justiça são irreprimíveis. Basta que não nos intimidemos. Agradeço ao Noblat e aos leitores pela generosidade da troca democrática. Tanto os que gostaram como os demais. Que bom que vocês leram. Eu li o que vocês escreveram.

*José Aníbal é deputado federal (PSDB-SP)

**Artigo publicado no Blog do Noblat – 02-07-2014

“As listas negras do partido da intolerância”, análise do ITV

itvO PT tem uma lógica muito peculiar de fazer política: quem não está com o partido é tratado como inimigo. O objetivo vai além de derrotar adversários, o que seria do jogo democrático. A ordem é simplesmente exterminar quem se interpõe no caminho dos partidários da intolerância. Sejam eles jornalistas, críticos ou políticos insatisfeitos com o estado geral das coisas no país.

Dois episódios recentes ilustram bem esta forma indecorosa de fazer política: a divulgação, por parte do vice-presidente petista, de uma “lista negra” de articulistas a serem combatidos pelos partidários da intolerância e a tentativa do ministro de Relações Institucionais – exercitando sua expertise aloprada – de emparedar prefeitos do PMDB do Rio que manifestaram apoio à candidatura de Aécio Neves, revelada ontem por O Globo.

Trata-se de método tipicamente petista de fazer política: a perseguição a adversários com vistas a aniquilá-los. A cada campanha, surge um novo estratagema gestado nos subterrâneos do partido. Nesta sanha, os petistas não se constrangem em utilizar estruturas de Estado para atacar quem querem destruir – vide também o uso de estatais e prefeituras petistas para difamar e disseminar ofensas contra Aécio pela internet.

Os episódios nefastos se sucedem: em 1998, o dossiê Cayman; em 2006, o escândalo dos aloprados; em 2010, o dossiê Erenice Guerra (para tentar atingir o presidente Fernando Henrique) e a violação de sigilo fiscal de familiares de José Serra. O que mais, além das duas novas famigeradas listas negras, nos espera na campanha que se avizinha?

Felizmente, a vigilância da imprensa sempre tem conseguido impedir que os partidários da intolerância prosperem. Não fossem a livre manifestação e o firme exercício democrático, estaríamos arriscados a ver o obscurantismo prevalecer. A luz da liberdade de expressão tem vencido as trevas do autoritarismo. Mas, até quando?

A perseguição a quem discorda dos ditames petistas não é fortuita, não é acidental nem irrefletida. O partido cuja bancada mais ilustre hoje dá expediente no presídio da Papuda considera que seu projeto é venturoso, mas esbarra na má vontade dos meios de comunicação, dos formadores de opinião – em suma, dos que não lhe dizem amém. Nesta lógica, a melhor arma é a mordaça.

Os petistas se julgam arautos de um projeto de transformação do país e, até quando fazem autocrítica, transferem para os mensageiros a culpa pela má mensagem. É o que acontece agora, também, quando admitem que a insatisfação com o governo Dilma não é apenas da “elite branca”, mas sim algo disseminado por toda a população.

A origem deste mal-estar seria “um pensamento conservador que se expressa fortemente por meio dos veículos de comunicação e que opera um cerco contra nós”, como disse Gilberto Carvalho em entrevista à Folha de S.Paulo publicada na segunda-feira passada. Por esta visão, ficamos assim combinados: a corrupção e a incompetência que marcam as gestões petistas foram inventadas em redações de jornal.

A lista negra de jornalistas e políticos também nos convida a refletir sobre a intenção já manifestada pela candidata-presidente de abraçar a proposta de regulação da mídia, acalentada há tempos por setores bastante influentes do PT.

Embora Dilma jure que não aceita discutir o controle de conteúdo, será que dá para acreditar na suposta boa fé da presidente diante da voracidade de um partido sobre o qual ela não tem qualquer ascendência? Afinal, se, sem qualquer legitimidade, o PT já incita uma cruzada contra vozes dissonantes, o que aconteceria se lhe fosse dado poder efetivo para controlar conteúdos jornalísticos e encabrestar opositores? Melhor nem pensar. Melhor ainda é agir antes e impedir que os partidários da intolerância prosperem.

PT usa máquina do Planalto para identificar apoiadores de Aécio

denuncia-banner-780x340O jornal O Globo trouxe mais uma grave denúncia que comprova o uso da máquina pública em favor dos interesses eleitorais do PT.

Depois de a justiça identificar o uso de servidores da prefeitura petista de Guarulhos e de computadores da Eletrobrás na disseminação de calúnias contra o presidente do PSDB, Aécio Neves, na internet, surge agora comprovação de que funcionários do Planalto, pagos com recursos do contribuinte, ao invés de servir ao governo e ao país, são utilizados para servir ao PT monitorando atividades políticas de adversários do partido.

A nova “lista” buscada pelo Planalto provavelmente serviria para perseguição ou tentativa de aliciamento, duas práticas condenáveis no regime democrático e que revelam a incapacidade do PT de conviver e respeitar as diferenças naturais numa sociedade democrática.

A reportagem demonstra que o assessor Cássio Parrode Pires, que trabalha na Presidência da República, tentou identificar o nome dos prefeitos do PMDB que participaram de evento de apoio à candidatura de Aécio Neves no Rio de Janeiro. O servidor trabalha no Núcleo de Gestão da Informação, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que deveria reunir dados sobre os estados e municípios para ajudar o ministro e a presidente no processo de tomada de decisão em temas relacionados à Federação.

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Governo do PT quer acabar com o Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT)

carteira-de-trabalho-foto-ebc-300x200Um projeto preparado pelo Ministério do Trabalho pretende acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador.

O FAT, criado na Constituição de 1988, é um fundo que protege o trabalhador financiando programas de formação e qualificação e garantindo o seguro desemprego e as estratégias de recolocação dos desempregados no mercado de trabalho.

Ao propor a criação de um Sistema Único do Trabalho (SUT), o governo mais uma vez busca centralizar ações e ideias e deixa claro que sua política de trabalho não levará mais em conta nada que não for do interesse do PT.

A proposta de acabar com o FAT e substituí-lo pelo SUT não foi discutida com trabalhadores e empresários, o que mais uma vez demonstra a falta de apreço do PT pelo diálogo e pela democracia. Com o novo sistema, trabalhadores e empresários perderão voz nas discussões sobre políticas de trabalho e a transparência na gestão dos recursos ficará ameaçada.

O FAT não pode e não irá acabar. O governo Dilma quase quebrou o FAT com sua contabilidade criativa, mas nós sabemos que podemos reorganizar suas contas para que o trabalhador brasileiro siga amparado.

O Brasil não pode ser pego de surpresa e acordar sem o FAT, que é uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores na Constituição de 1988.

O governo do PT, ao tentar acabar com o FAT, mostra que sua preocupação com a classe trabalhadora fica apenas no discurso.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já instruiu a bancada do partido a defender o trabalhador e se opor a toda tentativa de acabar com o FAT.

Organização Repórteres sem Fronteiras condena “lista negra” de profissionais divulgada pelo PT

logoreporteressemfronteiraBrasília (DF) – A organização Repórteres sem Fronteiras, que reúne profissionais de imprensa do Brasil e do exterior, condenou a reação do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Alberto Cantalice, que divulgou uma “lista negra” – de profissionais designados por ele de “pitbulls da grande mídia”. A entidade lembra que, desde o início da Copa do Mundo, houve registros de 18 agressões contra jornalistas no Brasil.

A “lista negra” inclui  os nomes de Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes Diogo Mainardi, Lobão e dos humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira. A nota da organização pode ser lida na íntegra ao clicar aqui

Cantalice argumenta que esses profissionais são contra as “medidas progressistas” dos governos do PT – de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff – e que tal posição se tornou ainda mais evidente desde o começo do Mundial, pois aguardam que a Copa fracasse.

De acordo com Repórteres sem Fronteiras, essas acusações foram lançadas num clima social tenso, com a multiplicação de movimentos populares contra as despesas do governo com a Copa do Mundo. A polícia militar tem respondido, por vezes, utilizando a força e alguns jornalistas foram agredidos.

Aos 17 casos citados se juntou a detenção arbitrária de Vera Araújo, de O Globo, elevando para 18 o número de abusos. A jornalista estava filmando a detenção de um turista argentino e acabou também sendo presa. Uma investigação foi aberta contra o policial militar responsável pela detenção.

O Brasil se situa no 111º lugar em 180 países na última Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborada por Repórteres sem Fronteiras. Por ocasião da Copa do Mundo de futebol, a organização lançou uma campanha para sensibilizar o público sobre a situação da liberdade de informação nos países participantes.

“Os nove malditos”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-al1-300x196Quem foi o responsável pelo xingamento a Dilma Rousseff no Itaquerão? Quem dirigiu aquele encaminhamento vexaminoso dado à ‘presidenta’ por milhares de vozes? Quem provocou aquele fiasco planetário transmitido para o mundo e presenciado, ao vivo, por uma penca de chefes de Estado?

O PT e Lula sacaram do coldre, no ato, uma acusação. “Foi a elite branca e ingrata, incapaz de ver os fantásticos benefícios que o PT trouxe ao Brasil nos últimos 12 anos”. Segundo essa curiosa explicação, elaborada pelo próprio PT, só a elite branca teria dinheiro para bancar um ingresso no espetáculo da abertura da Copa, uma festa produzida com dinheiro de todos os brasileiros.

E a elite branca estaria sob o comando de um grupo de intelectuais, e humoristas que se dedicam diariamente a difamar o glorioso papel do PT que – com seus Dirceus, Genoinos e Delúbios – trata de redimir o Brasil, depois de 500 anos de injustiças.

Quem se encarregou de nomear os responsáveis por essa desgraça foi Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, que acusou“setores elitistas albergados na grande mídia” de “desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior”. Ele apontou nove “inimigos da pátria” aos quais insinuou que os verdadeiros crentes do PT estariam autorizados a impor todo tipo de punição, inclusive física, presume-se.

Os nove malditos do PT são os jornalistas Arnaldo Jabor, Reinaldo Azevedo, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, o cantor Lobão, além dos humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira.

É espantoso e assustador que o vice-presidente de um partido no poder, em uma democracia, tenha o desplante de apontar um grupo de intelectuais como “inimigos da pátria” e açule seus comandados a persegui-los de todas as formas possíveis.

A designação pública dos inimigos do povo era típica de lugares como a União Soviética de Stalin, a China de Mao, o Camboja de Pol Pot, a saudosa (para o PT) Cuba dos fuzilamentos, ou o Irã de Khomeini.

Uma ordem política, com ares de decreto religioso, direcionada para uma comunidade onde se encontram um número enorme de seguidores fanatizados, é uma forma de colocar esses críticos em situação de risco de vida.

Desde que chegou ao poder, em 2002, o PT protagonizou inúmeras tentativas de censurar a imprensa através de artifícios mal dissimulados com nomes como “controle social da mídia”, entre outras vigarices. Fracassaram sempre, mas não param de tentar porque o autoritarismo está no DNA do PT.

É a primeira vez, no entanto, que uma alta autoridade petista se atribui o direito dar os nomes para os inimigos do PT, creditar a eles a culpa pelos problemas do governo e sugerir que os petistas têm o dever de justiçá-los.

A radicalização do PT não é exclusividade de Cantalice. É visível nos discursos cada vez mais hidrófobos de Lula, e decorre do desespero provocado pelos desastres do governo Dilma Rousseff que parece prestes a fechar o ciclo petista com um indisfarçável fracasso.

As pesquisas não mentem. O último Ibope revela que o petismo no poder nunca foi tão mal avaliado. A taxa de aprovação (bom é ótimo) do governo petista é de 31%, a de reprovação (ruim e péssimo) é de 33%. A rejeição de Dilma (não votam nela de jeito nenhum) é de 43%.

O Ibope pesquisou o desempenho do governo em oito áreas chaves. Em todas elas a desaprovação é maior que a aprovação. Na Educação, 67% desaprovam contra 30% que aprovam. Na Saúde, 78% a 19%. Na segurança, 75% a 21%. No meio ambiente, 52% a 37%. No combate à fome e pobreza a 53% a 41%. No combate ao desemprego, 57% a 37%. No combate à inflação, 71% a 21%. Na política de juros, 70% a 21%. Nos impostos, 77% a 15%.

Todos esses fracassos seriam culpa da “elite branca” sob a batuta dos “nove malditos”? Nada disso. Apanhado em um vídeo que vazou para a grande imprensa, falando, para variar, francamente, numa reunião com blogueiros chapa branca, o ministro daSecretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, teve um ataque de sincericídio.

“Me permitam, pessoal! No Itaquerão não tinha só elite branca, não!”, disse Gilbertinho aos blogueiros. O ministro contou que foi aos arredores do Itaquerão. Assistiu ao Brasil X Croácia numa escola. “Fui e voltei de metrô”, informou. “Não tinha só elite no metrô, não. Tinha muito moleque gritando palavrão dentro do metrô, inclusive, [gente] que não tinha nada com elite branca.”

A soma das manifestações de Cantalice e Gilberto Carvalho dá um resultado explosivo. O PT sabe que fracassou, mas não está disposto a assumir o fracasso nem a aceitar uma possível derrota sem uma reação violenta.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e Líder do Governo na Assembleia Legislativa no Estado do Paraná.

O PSDB fará um governo para todos e inclusivo, diz Aécio Neves em Pernambuco

aecio-recife-61-300x200Recife (PE) – Em visita ao Recife (PE) nesta quarta-feira (18), o candidato à Presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva à imprensa. Ele respondeu a perguntas sobre as indicações de um nome do Nordeste na sua chapa como vice, o pacote de medidas anunciado pelo atual governo,a relação com o governador de Pernambuco, João Lyra, e sobre as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A seguir os trechos da entrevista.

Indicação de um nome do Nordeste para vice. 

É uma possibilidade sim. Existem nomes extremamente qualificados aqui. Mas, mais importante que o vice, são ações objetivas que atendam os interesses da população nordestina. E isso nosso governo vai ter. Assim como foi um mineiro, o presidente Juscelino Kubitschek, que teve o primeiro olhar generoso em relação ao Nordeste, com a criação da Sudene, 60 anos atrás, espero, se vencer as eleições, poder demonstrar que tratar essa região de forma diferenciada é muito importante para todo o Brasil, não apenas para o Nordeste. Só se diminuem as diferenças se você trata as regiões que são desiguais de forma desigual. Obviamente, falo em maiores investimentos, em prioridades na conclusão das obras que estão abandonadas – e algumas delas inacabadas – na região, com sobrepreços. Vamos reintroduzir o planejamento na gestão pública brasileira. E o foco do nosso governo, não tenham dúvidas, e a cada dia vocês perceberão isso, será o Nordeste. Como fiz em Minas Gerais, que, para muito orgulho nosso, tem um Nordeste em seu território. Gastei três vezes mais per capita no Nordeste mineiro do que nas regiões mais ricas do Estado. E pretendo fazer isso também, se vencer as eleições para presidente da República.

Sobre pacote de medidas para indústria a ser anunciado pelo governo.

É o pacote do desespero. Aplaudo qualquer medida que venha ajudar a retomada do crescimento. Mas acho que o setor produtivo brasileiro tem a sensação de que é uma agenda muito mais eleitoral do que uma agenda estruturante. O Brasil precisa de planejamento, não precisa de improviso. O Brasil vai avançar quando nós tivermos um governo que trabalhe mais focado nos anos futuros do que na pauta eleitoral. E isso, infelizmente, o governo da atual presidente já abandonou há muito tempo. É um governo que se movimenta única e exclusivamente pelos indicadores de pesquisa. Mas todas as medidas que venham reanimar a economia e nos permitir sair dessa situação hoje, do pior crescimento em toda a nossa região, são bem vindas. Mas eu acho que confiança é um ativo muito valioso. E quando se perde, é difícil recuperar.

Sobre viagem ao Recife.

É a primeira visita que faço ao Nordeste como candidato à Presidência da República, oficializado na convenção de sábado passado, e é natural que eu comece essa caminhada por Pernambuco, em razão da importância desse Estado, e para dizer que nós apresentaremos ao longo dessa campanha um projeto extremamente bem elaborado de investimentos em infraestrutura e obviamente também de ações sociais em toda a região Nordeste brasileira. Eu venho de Minas Gerais, onde fui governador, e nós conseguimos, ao final do governo, ter investido três vezes mais per capita na região Nordeste do nosso Estado – que tem um IDH parecido com o Nordeste brasileiro – do que nas regiões mais ricas. Então vamos apresentar à discussão dos brasileiros uma proposta formulada por nordestinos que permitirá a melhoria do IDH, mais investimentos em educação, em saúde, e com choque de infraestrutura, para que as obras inacabadas e com sobrepreço possam ser concluídas e gerar os benefícios que ainda não têm sido gerados à população de Pernambuco e do Nordeste.

Sobre o desempenho do PT no Nordeste nas últimas eleições.

No Nordeste foi sempre onde o PT buscou os melhores resultados nas últimas eleições. Mas aqui já há uma percepção clara do fim de ciclo por que passa esse governo. O governo do PT perdeu a capacidade de transformar, de apresentar uma agenda para o Brasil. Hoje, a prioridade do PT é a manutenção do poder. E aí entramos nesse vale tudo. O Brasil é o país que menos cresce na região, a inflação está, infelizmente, de volta, atormentando a vida do trabalhador, da dona de casa, os indicadores sociais do Brasil nos colocam na lanterna, nos últimos lugares, também na América do Sul. Nossa educação é de péssima qualidade, a omissão do governo federal no tratamento da saúde é enorme. Hoje, se gasta 10% a menos do governo federal em saúde do que se gastava quando o PT assumiu o governo. E, na segurança pública, eu diria que a omissão do governo federal chega a ser criminosa. Apenas 10% do orçamento do Fundo Penitenciário foi investido pelo governo, apenas 35% do Fundo Nacional de Segurança foi investido, o que mostra um descompromisso do governo federal com essa questão, hoje, tão grave por que passa o Brasil e o Nordeste brasileiro, que é a questão da segurança pública. O que nós queremos é estabelecer um governo onde haja ética, decência; onde as empresas públicas não sofram o que estão sofrendo, como acontece com a Petrobras, por exemplo. E onde haja, ao lado disso, a eficiência. Planejamento. Resgatar o planejamento no Brasil, fazer um choque de infraestrutura no Nordeste, com avanços dos indicadores sociais, vai ser a primeira página a estar emoldurando o nosso programa de governo.

Como conquistar o eleitor do Nordeste?

Dizendo a verdade. Mostrando o que está acontecendo com o Brasil. Eu acho que aqui, no Nordeste, há uma percepção clara de que esse governo faliu. O governo da presidente Dilma fracassou. Fracassou na condução da economia, porque vai nos legar como herança, qualquer que seja o próximo Presidente da República, como eu disse, uma das piores equações econômicas de toda a nossa região – baixo crescimento, inflação de volta, perda crescente da nossa credibilidade. Na infraestrutura, o Brasil é um cemitério de obras inacabadas e sobrevalorizadas por todas as partes. As nossas empresas públicas – e a Petrobras é o maior dos símbolos que temos hoje – deixou a agenda econômica e as páginas econômicas do noticiário para frequentar as páginas policiais. Virou um instrumento de arrecadação de recursos para um grupo político. E os indicadores sociais, hoje, no Brasil, pararam de melhorar. Nós estamos voltando a ver o analfabetismo crescer aqui no Brasil. Como disse aqui hoje, na educação, estamos nos piores lugares nos rankings mais importantes, como o PISA, por exemplo. Então é hora de enterrarmos esse ciclo e iniciarmos um outro. É dizendo a verdade, ouvindo as pessoas. Esse é um governo que não tem tido a capacidade de ouvir. É um governo que tem um viés autoritário muito grande. Que fala, entre outras coisas, em cerceamento da liberdade de imprensa. Nós vamos combater isso dizendo a verdade e dizendo ao Brasil que é muito importante que nós possamos colocar fim a isso que está aí. O Brasil não merece o crescimento pífio que está tendo e os desmandos que se transformaram na principal marca desse governo.

Sobre amizade com o governador João Lyra.

Eu tenho uma relação pessoal com o governador João Lyra que extrapola as nossas figuras. Uma relação familiar. Fernando Lyra, seu irmão, foi um dos grandes amigos do meu avô Tancredo, um dos grandes construtores de sua candidatura e um amigo pessoal que tive durante toda sua vida e faz hoje enorme falta. O governador João Lyra, governador de Pernambuco, apóia o ex-governador Eduardo Campos, faz isso de forma absolutamente correta e vamos ver o que vai acontecer lá na frente. Agora, não perderei a capacidade de interlocução. Não apenas com aqueles que estão no meu campo político, mas com outras lideranças, como o governador João Lyra, que têm as preocupações que eu tenho em relação ao Brasil. Portanto, fiquei muito feliz de poder estar aqui com ele trazendo o meu abraço. Vamos respeitar a sua posição e vamos deixar que os brasileiros definam de que forma estaremos juntos.

Sobre o encontro com o governador de PE.

Foi uma conversa pessoal entre amigos. O governador João Lyra tem seus compromissos. Irá honrá-los todos com o governador Eduardo Campos, mas não podemos deixar de conversar. Conversar sobre o Brasil. E será sim um interlocutor extremamente privilegiado na relação pessoal que temos.

Sobre possível candidatura de Daniel Coelho em Pernambuco.

Daniel Coelho é um nome extraordinário, não apenas para Pernambuco, mas para o Brasil. Um dos novos quadros do PSDB que despontam com um futuro extremamente promissor. A decisão sobre as nossas alianças em Pernambuco sempre foram uma decisão tomada de forma compartilhada pela direção estadual do partido e cabe a mim respeitar. Majoritariamente, a direção nacional optou por este alinhamento com o candidato Paulo Câmara. Eu não colocarei o meu projeto presidencial acima dos interesses locais do partido. Vamos respeitar esta decisão. Acredito nas coisas naturais na política e, obviamente, nossos companheiros do PSDB, a começar pelo prefeito Elias, estarão no comando na coordenação da nossa campanha em Pernambuco.

Sobre críticas feitas pelo ex-presidente Lula aos candidatos de oposição.

No meu caso específico, meu governo em Minas Gerais. Não há nada mais inovador. Temos, por exemplo, ao contrário do aparelhamento da máquina pública federal, temos todos os servidores do estado de Minas Gerais avaliados por desempenho. Se você alcança uma meta estabelecida no início do ano, você recebe uma remuneração a mais. A conseqüência objetiva disso: Minas Gerais não é o mais rico dos estados brasileiros, tampouco o mais homogêneo dos estados brasileiros, mas tem a melhor educação fundamental do Brasil. Isto se chama meritocracia, chama-se de gestão eficiente. Também não somos o mais rico estado do Sudeste e temos a melhor saúde pública do Sudeste.

Estabelecer relações políticas altivas, transparentes sem permitir que essas negociações se transformem em um mercado, um balcão hoje como acontece com o PT, que para ter alguns segundos a mais de televisão, distribui nacos de poder, ministérios, diretorias de bancos. Isso é o novo. O novo é olhar para o mundo de forma mais generosa.  Olhar para os estados e municípios também buscando compartilhar responsabilidades. O governo do PT vem transformando o Brasil em um estado unitário. O compadrio prevalece nos alinhamentos políticos, na nomeação dos cargos públicos. Aparelharam as nossas essas empresas públicas de uma forma criminosa e quem diz isso é a Polícia Federal. No momento em que identifica uma organização criminosa e cito palavras expressas da Polícia Federal dentro da nossa maior empresa que perdeu metade do seu valor de mercado. Esse alinhamento ideológico atrasado, arcaico que submeteram o Brasil tem nos levado a ter o pior crescimento de toda a nossa região. A forma leniente como enfrentaram a questão da inflação fez com que ela recrudescesse hoje. Isso tudo é o atraso. Hoje não há nada mais atrasado do que a forma do PT de governar. De se apropriar do estado brasileiro como se fosse seu patrimônio.

Nós temos uma visão mais generosa de país. A eficiência do governo é uma premissa para você atender a todos os brasileiros. Não há nada mais perverso do que essa tentativa do PT de dividir o Brasil entre nós e eles. O nós, para eles, são aqueles que bajulam o governo, são aqueles que têm cargos públicos no governo e dizem amém às vontades da presidente da República. Os eles são aqueles que criticam o governo. Que apontam os equívocos, os descalabros, os atos de corrupção, a incapacidade de geracional do governo. O PSDB, se vencer as eleições, vai fazer um governo para todos os brasileiros, um governo inclusivo, porque os brasileiros são generosos e quem destila, hoje, ódio, certamente não somos nós.