PSDB – MS

Dilma Rousseff

Para Figueiró, pronunciamento de Dilma em cadeia nacional foi propaganda eleitoral subliminar

ruben_figueiró.jpg2O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) criticou, em discurso proferido no plenário do Senado nesta quarta-feira (11), o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia de rádio e TV sobre a Copa do Mundo. Para Figueiró, houve propaganda eleitoral subliminar. Ele informou que PSDB vai entrar nova representação no TSE contra o fato.

“Ela exaltou a construção dos estádios e obras de infraestrutura e ressaltou o chamado legado da Copa. Esqueceu-se, no entanto, de responder à enorme interrogação a respeito dos atrasos e do superfaturamento”, criticou.

Segundo o parlamentar tucano, a queda paulatina de Dilma nas pesquisas de intenção de voto demonstra que a população está atenta e quer mudanças. “A Copa vai passar e o brasileiro vai continuar precisando de melhores condições de vida, vai continuar insatisfeito com a volta da inflação e a falta de hospitais e escolas de qualidade”, disse. Ele se lembrou do levantamento da Pew Research que detectou que 72% dos brasileiros estão insatisfeitos e 61% acham que sediar a Copa do Mundo é ruim para o Brasil.

Para Figueiró, as manifestações contra a Copa fizeram a imprensa internacional destacar os motivos que minaram o conhecido “entusiasmo unânime” da população amante do futebol. “Os problemas questionados nas ruas revelaram a manutenção das desigualdades sociais, do racismo, da corrupção. Revelam um Brasil que retirou milhões de brasileiros da miséria, mas que não lhes oferece emprego, saúde, segurança e educação”, ressaltou.

 

 

(Da assessoria de imprensa do senador)

“Dilma em campanha na TV foge da abertura da Copa”, por Alberto Goldman

Alberto-Goldman-Foto-George-Gianni-PSDB-5-300x199Dilma acaba de fazer em cadeia nacional de rádio e TV um longo horário eleitoral, sob a justificativa da abertura da Copa do Mundo.  Propaganda eleitoral descarada sem a possibilidade do contraditório, ilegal por que a lei não lhe dá esse direito. Vai ser condenada pelo TSE a pagar, mais uma vez, uma multa que, certamente, o PT lhe cobrirá.  Ilegal ou não faz o que quer, sem quaisquer escrúpulos. Sem coragem de mostrar a cara no estádio, temerosa de ser vaiada, substitui com uma gravação a sua ausência na abertura da copa. Corajosa no estúdio fechado de uma produtora de vídeo.

Nada disso vai adiantar.

Informo que uma pesquisa Ibope, publicada hoje, contratada por uma entidade privada, mostra mais uma queda das intenções de voto na presidente e uma subida dos candidatos da oposição.  Dilma está com 38% de intenções de voto.  Aécio com 22%, Eduardo Campos com 13% e os nanicos 7%, somam 42%.  Segundo turno garantido.  Sua rejeição é, também, 38% ( em São Paulo, 61% dizem que não votarão nela em hipótese nenhuma ).  E a avaliação positiva de seu governo já é inferior à avaliação negativa.

Não há cadeia nacional que cure.

*Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional
**Artigo publicado no Blog do Goldman – 11-06-14

Ibope confirma crescimento de Aécio e queda de Dilma

aecioneves-em-cotia-11-300x206Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (10/06) confirma a trajetória de crescimento do pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves. O tucano subiu oito pontos porcentuais de abril até agora. Ele aparece na segunda colocação da disputa e já soma 22% das intenções de votos.

Já a presidente Dilma Rousseff voltou a cair, assim como já havia sido registrado pelo Instituto Datafolha na semana passada. Esse resultado reforça a desaprovação cada vez maior do eleitor em relação a maneira de Dilma governar, que subiu de 48% para 51%.

A pesquisa foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo e entrevistou 2002 pessoas em 142 municípios do País entre 4 e 7 de junho. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral.

“Dilma, a campeã da mentira”, análise do ITV

dilma51Em tempo de Copa do Mundo, os povos costumam se irmanar. O sentimento de união tende a ser ainda mais forte quando o torneio acontece em países muito identificados com o esporte, como é o caso do Brasil. Mas ontem a presidente da República foi à televisão agredir os brasileiros que não comungam da visão rósea que seu governo busca propagar do Mundial.

Dilma Rousseff ocupou novamente uma cadeia nacional sob o pretexto de, segundo o Blog do Planalto, dizer que o Brasil “venceu os principais obstáculos e está preparado” para a Copa. Curiosa a razão do pronunciamento: fosse verdadeira, provavelmente a presidente não precisaria ir ao rádio e à TV para tentar convencer os brasileiros.

Basta andar nas ruas e ter olhos para ver que o Brasil que chega amanhã à Copa do Mundo não se parece nem um pouquinho com aquele que se projetava quando o país foi escolhido sede do torneio, em outubro de 2007 na Suíça. É abismal a distância entre o clima desalentado hoje reinante no país e o que a propaganda oficial vendeu em todos estes últimos anos.

Em seu pronunciamento, Dilma mirou a oposição, mas vilipendiou os brasileiros que ousam não compactuar com a mordaça com a qual o PT quer silenciar seus críticos e constranger os que não lhe dizem amém. Várias pesquisas de opinião mostram a desaprovação da nossa população à Copa ou a aspectos relacionados à promoção do torneio no Brasil.

Em abril, o Datafolha constatou que 55% dos brasileiros vêm mais prejuízos que benefícios na realização da Copa no país e só 36% acham o contrário. Outra pesquisa, feita pelo Ibope sob encomenda do Planalto, constata: em 11 das 12 cidades-sede os que enxergam mais prejuízos que benefícios são ampla maioria, conforme publica O Globo em sua edição de hoje.

Sim, os brasileiros esperavam bem mais da Copa, mas o governo que nos governa há 12 anos foi incapaz de cumprir suas responsabilidades. Há um mês, a Folha de S.Paulo fez extenso levantamento no qual constatou que somente 41% das 167 obras previstas relacionadas ao torneio foram realizadas.

Dilma tem razão quando diz que os estrangeiros não vão levar na bagagem os metrôs, os aeroportos e as obras de mobilidade associadas à Copa. Até porque elas não existem: só 10% ficaram prontas a tempo do Mundial.

O número de obras abandonadas também não cabe nos dedos das duas mãos, incluindo todos os cinco VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) originalmente previstos. Corredores de ônibus, como o do Rio, e metrôs, como o de Salvador, estão sendo entregues incompletos.
Não é irrealista apenas a visão que Dilma apregoa sobre a Copa num espaço institucional que ela se especializou em desrespeitar. São falsas também boa parte das informações que ela destilou em seu pronunciamento – mais correto seria dizer que se tratou de um programa eleitoral – exibido ontem.

Dilma mente quando diz que “dobramos a capacidade dos aeroportos”. Melhoramos, é verdade, mas muito, muito menos: o aumento foi de 36%. Além disso, em 11 das 12 cidades-sede os aeroportos têm falhas, obras inacabadas, sujeira e desorganização, como mostrou a Folha na semana passada. Em Fortaleza, foi necessário erguer um terminal de lona; em Salvador, as obras foram simplesmente postergadas para depois da Copa.

Dilma afirmou que “estamos entregando, também, um moderno sistema de comunicação e transmissão que reúne o que há de mais avançado em tecnologia (…) em todas as 12 sedes”. Sabe-se, porém, que metade dos estádios não contará com redes sem fio, tornando a comunicação bem lenta, conforme admitiu o Sinditelebrasil na semana passada.

Mas a presidente exagera mesmo é quando coteja os gastos com estádios da Copa aos investimentos supostamente feitos em saúde e educação. Diz que estes são “212 vezes” maiores que o valor aplicado nas arenas. Para chegar a esta esdrúxula comparação, Dilma somou despesas de estados e municípios, mas foi bem mais longe e adicionou desde salários a gastos com cafezinho na conta.

Considerando apenas investimentos feitos pelo governo federal em saúde e educação desde 2011 até hoje, foram despendidos tão somente R$ 24,5 bilhões, conforme dados do Siafi levantados pela assessoria do DEM. Para chegar aos R$ 1,7 trilhão que a presidente afiança ter torrado nas duas áreas ao longo de seu governo é preciso muita ginástica…

Amanhã começa oficialmente a Copa do Mundo do Brasil. É tradição que chefes de governo locais deem boas-vindas aos esportistas e aos que acompanham a festa ao redor do mundo. A presidente brasileira preferiu o ambiente frio de um estúdio de TV para fazer seu pronunciamento. Lá pôde mentir à vontade, sem temer as vaias que, num estádio, certamente receberia.

A desagregação começou por São Paulo e se espalha pelo Brasil, por Alberto Goldman

alberto-goldman-foto-divulgacao-300x200Como me foi possível intuir e expressar durante evento do Instituto Teotônio Vilela ( ITV ), há um ano e meio, e escrever sobre o fim da era (ou do ciclo) petista há um ano, os sinais da desagregação do PT estão cada vez mais evidentes, em especial a partir do sentimento do povo brasileiro que vive em território paulista.

O desespero petista já vinha se anunciando com as declarações e atitudes dos dirigentes públicos que nos governam, em especial da Dilma e do Lula.  Dilma já se tornou alvo do ridículo ao afirmar a realização de projetos que não se concretizam, ao insistir em apresentar o país por uma visão rósea e irrealista, ao fazer o jogo do contente e, ultimamente, em apontar a oposição ao seu governo como a responsável pelas dificuldades do país, sem nunca reconhecer os seus próprios erros.

Lula, por sua vez, que percebe que a sua casa está caindo, vem no mesmo diapasão e acrescenta entre as oposições as que ele chama de “elites”, dentre elas a mídia, que ele supõe sabotando o medíocre governo que ele implantou com a sua candidata vitoriosa.  Mais irônico é que ele coordena  uma frente, que define como “progressista”, juntando em São Paulo – e repisando o que fez no Brasil –  o PT , o Maluf e o Paulo Skaf.   Tudo a peso de ouro ( e de cargos ). Haja progressismo.  Aliás a Dilma já disse que em São Paulo tem dois candidatos: o Padilha e o Skaf.  Já enterrou o Padilha.

Eles são os progressistas e nós – social democratas e liberais – somos os reacionários.  Piada digna do José Simão.

Os sinais da desagregação são muito fortes.  No plano econômico a inflação, os baixos investimentos, a baixa criação de empregos, o crescimento econômico tangenciando a recessão, o déficit fiscal crescente, a balança de pagamentos cada vez mais desequilibrada.  No campo social os movimentos que expressam o descontentamento da população.  No campo político os deputados e vereadores petistas que são descobertos como aliados do tráfico  ou dos doleiros.  Tudo lhes vai mal.

Os resultados começam a aparecer nas pesquisas nacionais que mostram que estão ladeira abaixo.   Começando fortemente por São Paulo, onde as pesquisas dizem que o governo Dilma tem a aprovação de apenas 23% do eleitorado e que 61% não votariam nele em hipótese alguma.   O índice do governo de ruim e péssimo é 39%.  Por incrível que pareça, em um eventual segundo turno entre ela e Aécio Neves, ela teria 34% e o ainda desconhecido Aécio teria 46%.  Perde até do Eduardo Campos.   E ela está, há 4 meses das eleições, em trajetória descendente!!!

São Paulo já a rejeitou e o Brasil, na sua totalidade, o fará logo mais.

*Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional

**Artigo publicado no Blog do Goldman – 10-06-2010

“As boas-novas do Datafolha”, análise do ITV

urna-eletronica_1_0O detalhamento da mais recente pesquisa de intenção de votos feita pelo Datafolha sugere que a oposição tem uma pista livre para decolar nos próximos meses até a eleição de outubro. Tudo indica que o tempo do PT está chegando ao fim. Está se aproximando a hora da mudança. Ufa!

O resultado geral mais significativo é a persistente queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff. Desde fevereiro, ela perdeu dez pontos e hoje tem 34%. As quedas mais acentuadas ocorreram no Norte e no Nordeste. Também não aconteceu a decantada decolagem que João Santana, no alto de toda a prepotência, previu em outubro do ano passado.

Num eventual segundo turno, a petista já sente o calor da aproximação de Aécio Neves. Na simulação feita no início deste mês, a diferença a favor da candidata-presidente é de apenas oito pontos percentuais: 46% a 38%. Há quatro meses, em fevereiro, na mesma simulação, Dilma tinha simplesmente o dobro das intenções de voto do tucano: 54% a 27%.

Em estados cruciais como São Paulo, que reúne 22% do eleitorado brasileiro, a presidente já está atrás de Aécio nas simulações de segundo turno (46% a 34%) e aparece tecnicamente empatada com ele na disputa em primeiro turno: 23% a 20%, segundo informa a Folha de S.Paulo em sua edição de hoje.

Ainda em relação a um cada vez mais certo segundo turno, Aécio vence Dilma nas regiões Sul e Sudeste enquanto no Centro-Oeste há rigoroso empate. A rejeição à candidata-presidente vem subindo e hoje já é a maior entre todos os candidatos (35%), enquanto a de Aécio é declinante e hoje encontra-se em 29%.

O caldo geral a favor da mudança continua engrossando: 74% dos entrevistados pelo Datafolha pedem um governo que tome atitudes diferentes do que faz a gestão Dilma. Para 21% dos entrevistados, Aécio é quem está mais preparado para fazer as transformações que o Brasil precisa – o percentual equivale ao dobro dos que pensavam assim em fevereiro. Dilma é apontada agora por 16%.

Todo o bom desempenho do senador tucano acontece a despeito do bombardeio propagandístico que o governo federal promove em rádios e televisões de todo o país tentando apropriar-se de realizações que, na maioria dos casos, nem dele são – como acontece em Minas e em São Paulo, para ficar apenas em alguns poucos exemplos.

As chances de Aécio ganham ainda maior relevância quando se sabe que, segundo o Datafolha, ele ainda é pouco conhecido pela população em geral. Enquanto 55% dos entrevistados dizem conhecer Dilma muito bem, apenas 19% afirmam o mesmo em relação ao ex-governador de Minas Gerais. Ou seja, à medida que começa a ser mais bem conhecido, Aécio sobe.

Do potencial de maior conhecimento do candidato do PSDB também pode depender a migração dos que hoje se mostram desalentados com as eleições e indicam disposição para votar branco, nulo ou abster-se em outubro. Nesta condição encontram-se 30% dos brasileiros, que ora se declaram sem candidatos.

Os resultados do Datafolha – que ouviu 4.337 pessoas, mais que o dobro do usual – corroboram outras pesquisas de outros institutos. Ou seja, não são pontos fora da curva. A eleição, de fato, caminha para favorecer a escolha de um novo rumo para o Brasil. Não é por outra razão que o desespero ora campeia nas hostes petistas, a ponto de Lula deitar críticas, dia sim dia também, ao governo de sua pupila. Agora, Lula, é tarde.

Nota oficial do PSDB-MG: Obras anunciadas ou inauguradas por Dilma não têm investimentos federais

pac3-300x199O PSDB-MG vem a público denunciar que as obras anunciadas ou inauguradas pela presidente Dilma Rousseff em Minas Gerais não têm investimentos do governo federal, ao contrário do que ela dá a entender em suas viagens ao estado.

Neste domingo (08/06), ela esteve em Belo Horizonte para, mais uma vez, tentar fazer os mineiros de bobos, ao propagar que é a responsável pelas obras de mobilidade urbana na capital. Na verdade, essas obras estão sendo feitas com recursos próprios da prefeitura de Belo Horizonte e do governo do Estado. Os valores que a presidente diz que direciona para as obras vêm da Caixa Econômica Federal, na forma de empréstimos, que deverão ser quitados pela prefeitura municipal, com juros.

As provas dessa denúncia podem ser encontradas no documento “Termo Aditivo à Matriz de Responsabilidade” (em anexo), assinado entre o governo federal, o governo de Minas e a prefeitura de Belo Horizonte.

Esse documento desmascara de vez a tentativa do governo federal de apropriar-se de iniciativas alheias. Ali está claro que, nas obras de mobilidade urbana, como os BRTs, trata-se apenas de dinheiro emprestado pela Caixa, que obviamente receberá de volta cada centavo investido. É completamente diferente da contribuição do governo de Minas e da prefeitura de Belo Horizonte, cujos recursos são a fundo perdido, caracterizando investimento. Em outros estados, Dilma destinou recursos a fundo perdido. Para Minas, apenas empréstimos.

Material de imprensa distribuído hoje pela prefeitura confirma a informação de que não existem investimentos federais nas obras de mobilidade urbana.

A tentativa de enganar os mineiros está presente também na propaganda do governo federal. Há uma milionária campanha publicitária na TV, com um vídeo mostrando obras de infraestrutura em Minas Gerais. O pacote inclui os BRTs nas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, na área central e na Pedro I, por exemplo, mesmo que não haja investimento do governo federal neles.

O vídeo cita também a expansão do metrô da capital, o anel rodoviário de Belo Horizonte e a duplicação da BR 381. A peça publicitária leva o título de Prestação de Contas. Mas como essas obras foram abandonadas pelo governo federal nos últimos anos, e nenhuma delas será inaugurada antes de 2016, estamos diante de uma prestação de contas do futuro, o que apenas os videntes são capazes de oferecer.

Ou o que é ainda pior: um vídeo governamental fazendo promessas de realização de obras, pertinente apenas no horário eleitoral gratuito. Até o aeroporto de Confins, um fiasco de primeira grandeza para a Copa 2014, entra no vídeo governamental como grande realização, mesmo que tenha ficado muito aquém das promessas reiteradas desde 2007.

A respeito da menção feita pela presidente a respeito do metrô de Belo Horizonte, enfatizamos que desde 2003 o governo federal do PT promete fazer a expansão das linhas, mas nada acontece. Na impossibilidade de entregar o prometido, Dilma tenta empurrar o assunto para o governo estadual, eximindo-se de sua responsabilidade e do compromisso assumido reiteradas vezes.

Mais uma vez, o PT zomba da inteligência dos mineiros.

“Tungando os trabalhadores”, análise do ITV

pac-2-300x225O governo que se autoproclama “dos trabalhadores” está garfando os trabalhadores. Dois dos fundos públicos mais caros aos empregados brasileiros estão sob ataque: o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) estão sendo tungados pelos petistas.

Criado há 46 anos, o FGTS é uma espécie de poupança compulsória de todos os trabalhadores que têm carteira assinada no país. Os empregadores depositam o equivalente a 8% do salário mensalmente em contas individuais. O problema é como estes recursos são remunerados: taxa referencial (TR) mais 3% ao ano a título de juros.

Nos últimos anos, a TR tem sido mantida em patamar baixíssimo, segurando, também, os rendimentos das cadernetas de poupança. Com isso, o que já era ruim ficou pior: os depósitos feitos no FGTS passaram a perder feio para a inflação.

O economista Armando Castelar fez as contas. “Nos primeiros 38 meses do governo Dilma, o FGTS rendeu em média 3,6% ao ano, contra uma inflação média anual de 6,2%. Em média, portanto, o trabalhador viu sua poupança no FGTS sofrer uma perda de 2,4% ao ano”, escreveu em artigo publicado no Correio Braziliense.

Com Lula não foi diferente: a poupança do trabalhador também foi tungada pelo governo “dos trabalhadores”. Entre 2003 e 2010, calcula Castelar, a inflação média anual foi de 5,8%, enquanto o rendimento médio do FGTS foi de 5% ao ano, configurando, assim, um confisco médio real de 0,7% ao ano.

A situação contrasta com o que acontecia no governo Fernando Henrique. “Nos oitos anos de governo FHC, a inflação média anual foi de 9,1%, enquanto o FGTS rendeu em média 11,9% ao ano. O trabalhador teve, portanto, um ganho real médio 2,6% ao ano”, estimou Castelar.

No fim do ano passado, o instituto FGTS Fácil estimou quanto o trabalhador brasileiro terá perdido nos últimos tempos por ter recebido do governo remuneração tão abaixo da inflação. Na última década, considerando uma inflação média anual de 5,5%, o rombo chegaria a R$ 150 bilhões, informou o Estado de Minas, em outubro passado.

Há uma disputa em andamento para que o dinheiro mantido compulsoriamente pelo trabalhador no FGTS seja mais bem remunerado. No mínimo, ser corrigido pela inflação ou, talvez, pela mesma taxa de juros que o Tesouro paga a quem adquire seus títulos: enquanto o FGTS paga 3% de juros ao ano, o mercado cevado por Selic recebe 11% anuais…

Os problemas com a má gestão do patrimônio do trabalhador não param aí. O FAT também se tornou um dos potes de ouro alvos da cobiça petista. Suas reservas vêm sendo exauridas ano após ano e correm o risco de zerar nos próximos cinco anos, segundo publicou O Globo em sua edição de sábado.

O rombo é crescente. Em 2013, o déficit do FAT foi de R$ 10,3 bilhões. Neste ano, deverá chegar a R$ 12,7 bilhões e em 2015 poderá alcançar R$ 19,7 bilhões, conforme proposta orçamentária a ser votada nesta semana pelo Condefat (Conselho Deliberativo do FAT).

“O FAT não dura mais do que cinco anos. O buraco vai engolir todo o patrimônio do Fundo”, resume um conselheiro ouvido pelo jornal.

Os maus negócios com o dinheiro do trabalhador também alcançam o FI-FGTS. Trata-se de um fundo de investimentos gerido pela Caixa Econômica Federal que aporta parte do FGTS dos trabalhadores para financiar obras de infraestrutura em empresas escolhidas.

Hoje há R$ 40 bilhões alocados, alguns deles em micos homéricos como a Rede Energia e a Nova Cibe, que quebraram logo depois de receber aportes.

É assustadora a balbúrdia que o governo do PT faz disseminar sobre as contas do país. A responsabilidade fiscal foi árdua conquista da sociedade brasileira e ora vê-se cotidianamente erodida pelos gestores petistas. É bom segurar a carteira, porque a sanha do pessoal de Brasília não tem limites. É o dinheiro suado do trabalhador escorrendo pelo ralo da inépcia petista.

“O Brasil em desalento”, análise do ITV

abr260613vac_7453Os brasileiros têm motivos de sobra para voltar às ruas. Têm motivos para estarem insatisfeitos com o país. Têm motivos para protestar contra um governo que não mostrou a que veio e aproxima-se de um fim de feira melancólico. Tornamo-nos um país de desalento.

É este o clima reinante hoje no Brasil, e justamente às vésperas do que a propaganda oficial vendeu como a maior festa de todos os tempos. A “Copa das Copas” só não é um fiasco completo porque os jogadores da seleção de futebol se esforçam para manter acesa a chama da esperança. Na vida cotidiana, está tudo uma dureza só.

Pesquisa do Datafolha divulgada hoje confirma o clima de desânimo. Otimista inveterado, o brasileiro caiu na real e tornou-se um pessimista empedernido. São maioria (36%) os que acreditam que a situação do país na economia vai piorar. Parte relevante dos que antes achavam que tudo continuaria como está agora enxerga o futuro com viés negativo.

Teme-se a inflação, que voltou a subir no acumulado em 12 meses – agora para 6,37%, conforme divulgou o IBGE nesta manhã. Segundo o Datafolha, a expectativa de alta nos preços voltou a seu patamar mais alto: 64% dos entrevistados apostam nisso. Nesta semana, o Pew Research também listou a inflação como maior preocupação atual dos brasileiros.

Teme-se também o desemprego. Para 48% dos entrevistados pelo Datafolha, a falta de trabalho vai aumentar no país. O patamar só é menor que o registrado em março de 2009, no auge da crise econômica que se seguiu à quebra do banco americano Lehman Brothers. Sintetiza a Folha de S.Paulo: o pessimismo “bate recorde”.

Decerto não é “canalhice”, como acusa o falastrão Luiz Inácio Lula da Silva, a amarga constatação. Decerto a sensação expressa nas pesquisas e vocalizada por formadores de opinião e empresários é a mesma que acomete quem toma ônibus lotado, quem não obtém atendimento decente em hospital e não consegue comprar na feira o mesmo que comprava no mês anterior.

Nossa gente parece ter se cansado do blábláblá das autoridades. Chega de diagnóstico, chega de promessas. Até porque ninguém mais que eles conhece tão bem o que os diagnósticos expressam. Sabe tão bem o que as promessas não cumpridas acarretam em forma de uma vida cada vez mais dificultosa.

Há esperança, porém. O mesmo Datafolha mostra que as intenções de voto em Dilma Rousseff continuam mergulhando, o que permite antever riscos concretos de derrota do projeto de reeleição que ela encarna. Em quatro meses, dez pontos percentuais foram para o buraco, levando junto a candidata-presidente.

O Datafolha constata que a insatisfação com o governo petista ainda não se reverteu em votos para os candidatos da oposição. De fato. Mas é de se ressaltar a enorme distância entre os meios à mão do governo e os disponíveis àqueles que tentam apear Dilma do poder. É abissal e ainda está longe de ser transposta.

A exposição das opções, a partir de julho, na campanha eleitoral, tende a fazer o quadro se alterar. É o que quase sempre ocorre, com foi em 2010, neste caso a favor da hoje presidente. Os brasileiros estão convictos de que é hora de mudar. Só precisam de um pouco mais de informação e tempo para saber qual o rumo tomar. A mudança chegará.

Segundo turno garantido: Votos da oposição superam os de Dilma

aecio-cotia-2-300x206A Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (5), confirma que, em um primeiro turno, os pré-candidatos de oposição superam Dilma Rousseff em intenções de votos. Juntos os candidatos da oposição somam 35% das intenções de voto, o que confirma a tendência de um segundo turno das eleições.

Em um eventual segundo turno, o presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, sobe nas intenções de voto, enquanto Dilma cai. A diferença que já foi de 27% caiu para 8%.

A pesquisa mostra que Dilma perdeu 10 pontos percentuais desde fevereiro: caiu de 44% para 34%. A atual presidente tem a maior rejeição entre todos os pré-candidatos: 35% dos brasileiros não votariam nela de jeito algum, de acordo com o levantamento.

Os dados indicam ainda que o grupo de pessimistas em relação à economia, inclusive perspectivas de emprego e poder de compra, supera os otimistas. Pelo menos 36% dos entrevistados demonstram pessimismo e 32% indicam ter expectativas mais positivas. Para 64% dos entrevistados, a inflação vai piorar.

O Datafolha entrevistou 4.337 pessoas entre terça (3) e quinta (5) em 207 municípios. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.