PSDB – MS

IBGE

Nota do presidente nacional do PSDB sobre o resultado do PIB 2013

aecio-neves-foto-george-gianni-1-300x200Apesar de um desempenho geral um pouco melhor do que o projetado pelos analistas (2,3% contra 2,1% das estimativas), o comportamento do PIB nacional medido pelo IBGE não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento da economia brasileira e continua sendo, no acumulado dos últimos três anos, o menor entre as principais economias emergentes.

Ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos. Ou seja, nos últimos três anos, o desempenho da economia esteve sempre abaixo do desempenho esperado pelos diagnósticos dos especialistas, no início do ano ou no final do ano anterior.

Mesmo com uma queda menor da indústria no período, esse número mal compensou a queda de 8% do PIB industrial de 2012. O quadro geral é de estabilidade, em um patamar muito aquém do que o país poderia e deveria estar.

O mesmo acontece com o crescimento dos investimentos – em 6,3%, que quase não contrabalança a queda de 4% registrada em 2012. É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano. A taxa de investimento, de 18,4% do PIB, continua abaixo para o padrão latino-americano, de mais de 20%.

O consumo das famílias cresce a uma taxa inferior e a tendência é de que o crescimento da renda este ano seja menor e as novas concessões de crédito também, o que não nos permite conclusões muito otimistas.

Do ponto de vista geral, o potencial de crescimento da economia reduziu-se efetivamente, fenômeno que não pode ser mais “terceirizado” e debitado na conta da crise internacional ou de outros acasos.

Representa queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 27 de fevereiro de 2014

“Cadê o ‘pibão grandão’, presidente?”, análise do ITV

dilmarindo1Deu o esperado: o PIB brasileiro cresceu 2,3% no ano passado, coroando um triênio de suprema mediocridade na economia brasileira. Começamos 2013 com a presidente Dilma Rousseff prometendo um “pibão grandão”, mas chegamos ao fim do ano com mais um pibinho da lavra petista.

“Tenho certeza que teremos um 2013 de crescimento e avanço sustentável no nosso país. Vamos ter um 2013 muito próspero, no qual vamos colher todos os frutos dessa trajetória de 2012”, discursou a presidente em dezembro de 2012. “Quero um pibão grandão”, completou ela depois, em entrevista à imprensa. Nada disso virou realidade. Que surpresa!

Pelos resultados divulgados há pouco pelo IBGE, em linhas gerais fomos salvos do pior novamente pela agropecuária; a indústria foi sofrível, prejudicada em especial por atividades como a petrolífera; o consumo, embora ainda crescendo, teve a menor expansão em dez anos; e os investimentos aumentaram, mas mantiveram-se estacionados como proporção do PIB.

Entre outubro e dezembro de 2013, o PIB brasileiro cresceu 0,7%. O resultado positivo do quarto trimestre pelo menos livrou a economia do país de amargar a situação de “recessão técnica”, já que o trimestre anterior havia registrado queda de 0,5% – e o indicador antecedente do Banco Central também aferira retração no último trimestre do ano passado.

Com a cara de pau que lhe é peculiar, o governo pode querer comemorar e dizer que o ritmo de expansão do PIB brasileiro mais que dobrou de um ano para outro, já que passamos do pibinho de 1% em 2012 para o pibinho da hora de 2,3%. Mas, convenhamos: sair de nada para quase nada não é algo que se preste a celebração.

Em média, o PIB per capita brasileiro cresceu apenas 1,07% nos três primeiros anos do governo Dilma. Para ter ideia do que isso significa, basta dizer que, no ritmo atual, levaríamos 65 anos para dobrá-lo, ou seja, só alcançaríamos lá por volta de 2080 o que os chineses atualmente conseguem fazer em dez anos.

No ano, a indústria manteve-se como a atividade de pior desempenho entre os setores da economia. Cresceu apenas 1,3%, sendo a extrativa mineral, que contempla a atividade petrolífera, o destaque negativo, com queda de 2,8%. A indústria da transformação manteve seu peso na economia do país no patamar mais baixo desde os anos JK: 13% do PIB.

De novo a agropecuária salvou literalmente a lavoura. Cresceu 7% no ano, respondendo por metade da expansão do PIB brasileiro no ano passado. Trata-se, é bom nunca esquecer, de atividade que cresce apesar do governo e jamais por causa do governo, que mais atrapalha o campo do que ajuda. Serviços cresceram 2% no ano.

O consumo das famílias expandiu-se pelo décimo ano consecutivo, mas apresentou a menor taxa de crescimento em dez anos: 2,3%, num ritmo equivalente a apenas um terço do que foi em 2010 e também bem abaixo dos 3,2% de 2012.

Felizmente, os investimentos – chamados no jargão dos economistas de “formação bruta de capital fixo” – cresceram 6,3% no ano. No entanto, a taxa de investimento voltou a decepcionar, ficando em 18,4% do PIB, levemente acima dos 18,2% registrados em 2012. Pior ainda foi o desempenho da taxa de poupança, que caiu de 14,6% para 13,9% e encontra-se agora no patamar mais baixo desde 2001.

Com os números divulgados hoje, o Brasil consolida-se na inglória posição de um dos países que menos cresce no continente. Segundo estimativa da Cepal, em toda a América do Sul só teremos avançado mais que a Venezuela no ano passado, depois de termos segurado a lanterna em 2011 e a vice-lanterna em 2012, superando apenas o Paraguai. Pior é que os prognósticos são de que, neste ano, só os bolivarianos chavistas continuarão a nos fazer companhia na rabeira do ranking…

Entre 2011 e 2013, o Brasil cresceu em média 2%, o que faz com que Dilma Rousseff figure no panteão dos presidentes que menos fizeram o país avançar em toda a República, ao lado de Fernando Collor de Mello e Floriano Peixoto. A continuar a situação como está, não há risco de a petista deixar esta desonrosa posição. Ela passará para a história como responsável por uma obra medíocre, sem nenhum “pibão grandão”.

“O Brasil vai ficando para trás”, análise do ITV

Dinheiro-Foto-Divulgacao--300x199A economia brasileira encontra-se em estado de quase letargia. E isso não é de agora. Já há algum tempo temos crescido menos que países com características similares à nossa. É como se, numa corrida de longa distância, estejamos ficando cada vez mais para trás.

Na sexta-feira, saiu a primeira prévia do comportamento da economia brasileira em 2013. Segundo o IBC-Br, calculado pelo Banco Central, o PIB do país caiu 0,17% entre outubro e dezembro, depois de já ter recuado 0,21% entre julho e setembro. No ano, houve expansão de 2,52%.

Tecnicamente, pelos números do BC, o país terá atravessado uma recessão no segundo semestre de 2013, com dois trimestres seguidos de PIB negativo. Mas a maior parte dos analistas é cautelosa em chancelar esta avaliação, uma vez que o IBC-Br costuma destoar dos números oficiais do IBGE, que só serão conhecidos no próximo dia 27.

De todo modo, é voz corrente que setores importantes da economia vão muito mal, em especial a indústria. Os números finais do segmento em 2013 já foram conhecidos, com alta de apenas 1,2% no ano, insuficiente para compensar sequer metade da queda registrada em 2012 (2,5%). O parque industrial brasileiro segue, portanto, enferrujando.

O comércio também perdeu vigor. Também na semana passada, o IBGE informou que o setor cresceu 4,3% em 2013. Parece bom? Não foi. Trata-se do pior desempenho em dez anos. Na comparação com 2012, o ritmo de alta da atividade comercial – que funcionou como motor importante da economia nos últimos anos – caiu praticamente à metade.

Se o fim de 2013 não foi nem um pouco alvissareiro, as perspectivas para os meses vindouros têm se mostrado menos ainda. Alguns fatores – internos e externos – colaboram para isso. Aqui, temos a seca e a onda de calor, que afetaram a produção agrícola, encareceram a energia e levaram fábricas a parar de produzir para lucrar com a venda de eletricidade.

Lá fora, há a debacle da Argentina, país para onde se dirige 8% das nossas exportações. Há quem estime que as vendas brasileiras para o vizinho cairão cerca de 20% neste ano em função das dificuldades econômicas crescentes do lado de lá da fronteira, afetando ainda mais nossa já combalida balança comercial.

Além disso, há o desfecho imprevisível do enxugamento monetário americano, que tende a detonar uma fuga de capitais dos mercados emergentes – um dos quais, o Brasil, foi classificado pelo Fed, o banco central dos EUA, como o segundo mais frágil do mundo. Tem ainda as dúvidas sobre o ritmo de expansão chinês.

Tudo considerado, as previsões para o crescimento da economia brasileira vão murchando a cada dia. Depois da divulgação do IBC-Br, dos resultados finais da indústria e do comércio em 2013 e das estimativas sobre os efeitos da seca na economia, a maior parte dos prognósticos aponta para uma alta de apenas 1,5% em 2014. Em razão do calor, há quem fale em expansão de apenas 1%, segundo a edição de hoje d’O Globo.

Se a maior parte dos prognósticos se confirmar, e considerando que o PIB tenha tido alta de 2,5% no ano passado, Dilma Rousseff terá produzido crescimento médio abaixo de 2% ao longo de seu mandato. Entre todos os presidente da República, apenas Floriano Peixoto e Fernando Collor de Mello conseguiram algo tão ruim – e ambos em condições particularmente bem mais desfavoráveis.

Mas o Brasil não vai mal apenas em comparação consigo mesmo. Vai pior ainda quando cotejado a economias com características similares à nossa. Estamos sempre na rabeira dos rankings, perdendo até para países cujos mercados são bem menos expressivos que o brasileiro. Assim tem sido desde o início da gestão Dilma.

Em 2011, em toda a América Latina, o Brasil só cresceu mais que El Salvador. Em 2012, superou apenas o Paraguai. Em 2013, só se saiu melhor que El Salvador, México e Venezuela, conforme estimativas da Cepal. Em 2014, a previsão – também da Cepal – é de que o Brasil só cresça mais que a Venezuela.

Resta claro que a presidente Dilma Rousseff não merece críticas apenas pelos resultados recentes produzidos pela nefasta condução que ela e sua equipe fazem da nossa economia. Em todo o seu mandato, o desempenho é sofrível. Visto desta maneira, o conjunto da obra é digno de imediata reprovação, antes que continuemos a cair e passemos a ser os lanternas do crescimento no continente.

No Nordeste o desemprego atinge 10% enquanto no Sul é de 4,3%

gente-300x199Brasília – Pesquisa da área de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, enquanto a taxa média de desemprego no país é de 7,4%, no Nordeste há o pior percentual nacional: 10%. Em oposição ao Nordeste, no Sul, a taxa é de  4,3%. Os dados foram publicados em reportagem de O Globo.

“Esses números mostram a falta de política de desenvolvimento para o Nordeste”, afirmou o senador Cícero Lucena (PSDB-PB). “O governo deveria investir mais em infraestrutura e atração de empresas para a região. Mas, não, o governo federal acredita que o programa Bolsa Família é suficiente.”

De acordo com a pesquisa, o desemprego chega a 7,2% no Sudeste, 8,3% no Norte e 6% no Centro-Oeste.  Os especialistas afirmam que os números mostram como a realidade do Brasil é diferente em cada região.

No segundo trimestre de 2013, o percentual de pessoas em idade de trabalhar sem nenhuma instrução era de 9,4% . Por regiões, no mesmo período, a taxa era de 16,7% no Nordeste, quase o triplo dos 5,8% de Sudeste e Sul. No Norte, o percentual era de 11,1%.

Disparidades

Na reportagem de O Globo, especialistas afirmam que o desemprego no Nordeste é provocado por um costume na região que é de buscar por mais tempo uma vaga de trabalho. Porém, o senador tucano é mais categórico: o governo federal deveria aplicar recursos no desenvolvimento de áreas que o Nordeste tem habilidades.

“O governo federal poderia investir mais no turismo no Nordeste, no desenvolvimento de portos e nas indústrias na região. Com isso haveria uma política de geração de emprego eficiente”, disse Lucena. “O Bolsa Família não pode ser um fim, tem de ser apoio.”

Também no Nordeste aparece o menor grau de formalização com apenas 61,5% dos trabalhadores com carteira, seguido pelo Norte, com taxa de 65,3%. A maior taxa pertencia ao Sul, de 84%, à frente dos 80,8% do Sudeste. No Centro-Oeste, o percentual era de 77,4%.

Na média nacional, o nível de ocupação de homens era de 68,7% e de mulheres, de 46,2%. No Nordeste, as taxas eram de 63,2% e 39%, respectivamente. No Sul, os percentuais eram de 71,9% e 52,1%, respectivamente.

“Não basta mudar o índice, tem que fazer para aparecer”, por Paulo Abi-Ackel

Artigo do deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)

Paulo-Abi-ackel-Foto-Beto-Oliveira-Ag-Camara-300x197Foi um erro, um engano ou uma irresponsabilidade, consequente da desinformação da Presidente Dilma, afirmar para o jornal espanhol “El País” que o crescimento da economia em 2012 havia sido revisado e teria sido de 1,5% e não 0,9% como o IBGE calculou lá atrás. Pois mesmo com toda manobra contábil do governo federal e invenção de novos critérios de avaliação da economia, o fato é que a Presidente Dilma errou frente não somente à mídia internacional, mas também frente aos investidores internacionais. Se ela queria que o Brasil crescesse quase o dobro do que já se sabia, o acréscimo foi de apenas 0,1%, passou de 0,9% para 1%. Não basta querer, precisa fazer.

Esta atitude da presidente Dilma evidencia o seu descontrole acerca inclusive de informações, imaginem na gestão do governo. Daí se entende o porquê de tantas obras paralisadas e superfaturadas. Falta eficiência, conhecimento e informação da presidente Dilma sobre o que faz. O pior não é o fato de se cometer um engano, mas as consequências da má gestão, que recaem sobre o cidadão, o grande financiador do Brasil, com um quantitativo de impostos exorbitantes e um péssimo retorno nos serviços públicos.

A postura da presidente Dilma Rousseff foi alvo de critica da mídia internacional e considerada irresponsável, pois ou ela foi mal informada pela sua assessoria ou agiu com leviandade ao correr o risco de ser desmentida pelo IBGE.

A consequência de toda a ineficiência do governo Dilma se manifestou, ainda mais, no fraco índice de crescimento do PIB no terceiro semestre. Os meios de comunicação tornaram público o fracasso da economia brasileira, que teve queda de 0,5% no terceiro trimestre de 2013, conforme dados do IBGE. Se comparar o desempenho da economia com os Estados Unidos e países europeus, o Brasil foi o pior de todos. Enquanto a economia brasileira teve um índice negativo de 0,5%, a economia americana avançou 0,7% e a União Europeia teve aumento de 0,2% no PIB. O crescimento do Reino Unido avançou 0,8%, da Alemanha 0,3%, de Portugal 0,2%, e da Espanha 0,1%. A Coreia do Sul, que nas ultimas décadas investiu fortemente na educação, na tecnologia e informação cresceu 1,1%.

O desempenho da economia anunciado pelo IBGE tem colocado não só a classe política, como os próprios economistas em alvoroço. Primeiramente por desmentir a presidente publicamente, como também pelo crescimento negativo do PIB no terceiro trimestre, que surpreendeu tanto o governo como o mercado e os investidores. Mas não o povo, que vive no concreto do dia a dia as consequências da má gestão petista na política econômica. Basta lembrar que nas ultimas pesquisas 62% da população têm preferência pela mudança na condução do país.

 

Queda de investimentos e agronegócio derrubam PIB no 3º trimestre

Industria-Foto-Wilson-Dias-ABr-300x199Brasília – No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil diminuiu 0,5% em comparação aos três meses anteriores.

O pior desempenho foi o da agropecuária: queda de 3,5% na mesma base de comparação, segundo a Agência Estado.

Integrante das comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e Finanças e Tributação, o deputado federal Valdivino Oliveira (PSDB-GO), atribui os resultados à política econômica “equivocada” do governo federal que não incentiva a indústria nacional.

E afirmou: “Não há estímulos para a iniciativa privada. A média nacional, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 18% de investimentos do PIB, enquanto os mesmos países do grupo do Brasil investem, pelo menos, 25%.”

O resultado do terceiro trimestre leva em consideração a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pela primeira vez em agosto.

A PMS será incorporada ao cálculo do PIB do terceiro trimestre de 2013 em diante, com revisão dos dados desde 2012.

Indústria – A indústria e os serviços ficaram praticamente estáveis.

Mas os investimentos, denominados formação bruta de capital fixo, despencaram: 2,2%, enquanto o consumo das famílias teve alta de 1%.

“A política do atual governo é de incentivar a importação de bens e serviços ao invés de estimular a produção nacional”, disse Valdivino.

“O custo Brasil é muito caro, gerando um processo de desindustrialização”, ressaltou.

Segundo o deputado tucano, a região Centro-Oeste, especialmente Goiás, vive uma situação oposta ao restante do país, pois não tem sentido o efeito do Pibinho. Em geral, sofre com a má distribuição de renda e sua concentração.

“O pibinho da desconfiança”, análise do ITV

Industria-foto-Gilson-Abreu-AnPr1-300x199Foi pior do que se esperava. O resultado das contas nacionais divulgado há pouco pelo IBGE mostrou queda de 0,5% do PIB brasileiro no terceiro trimestre do ano. O número veio em linha com as piores expectativas de mercado. Num clima de desconfiança profunda e generalizada em relação ao futuro do país, o pibinho está de volta.

Trata-se da primeira retração do PIB em dois anos. A última queda havia ocorrido no terceiro trimestre de 2011, quando a taxa ficou em -0,1%. Desde o primeiro trimestre de 2009, no auge da crise mundial, quando o PIB caiu 1,6%, a economia brasileira não recuava tanto.

A agropecuária, que vinha sendo o esteio da economia, despencou 3,5%. Foi o pior desempenho entre todos os subsetores da produção pesquisados. Indústria (0,1%) e serviços (0,1%) mantiveram-se praticamente estáveis.

Outro dado muito ruim é que os investimentos – identificados nas contas nacionais pelo palavrão “formação bruta de capital fixo” – caíram 2,2% no trimestre. Foi a maior queda entre os componentes da demanda. O consumo das famílias, que também ajudou a sustentar a economia por um bom tempo, só subiu 1%.

Também hoje pela manhã, o IBGE anunciou o PIB revisado de 2012. Outra decepção: a alta foi de mero 1%, insuficiente para alterar muito o retrato geral da ruinosa política econômica de Dilma Rousseff – que havia antecipado erroneamente que o número sairia do 0,9% já conhecido e chegaria a 1,5%. Também é bem menos que o “PIB piada” que Guido Mantega desdenhara – quando, no ano passado, uma consultoria previu, e errou, que o PIB brasileiro cresceria só 1,5% em 2012.

Ainda de acordo com o que o IBGE divulgou há pouco, nos últimos 12 meses a expansão do PIB brasileiro é de 2,3%. Com este resultado, o país exibe crescimento médio de 2% nos três anos da gestão Dilma. É o pior desempenho desde o inesquecível governo Collor e também uma das três médias mais baixas de toda a nossa história republicana – o outro parceiro de ruína da presidente é Deodoro da Fonseca.

Enquanto isso, para não irmos muito longe, a média de crescimento da América Latina nos mesmos três anos terá sido de 3,5%, de acordo com a Cepal. Ou seja, o Brasil avança hoje a um ritmo equivalente a pouco mais da metade do que crescem seus vizinhos. Neste ano, em toda a América Latina só Venezuela e El Salvador terão aumentos de PIB menores que o nosso.

O Brasil figura na rabeira em relação a outras economias que já divulgaram resultados do PIB do terceiro trimestre. Alguns exemplos: a China cresceu 2,2% sobre o segundo trimestre; o Reino Unido, 0,8%; os EUA, 0,7% e até a combalida zona do euro teve crescimento positivo de 0,1%, sempre na mesma base de comparação, segundo o G1.

Sob a condução da gerentona Dilma Rousseff, o país caminha a passos largos para o buraco. O Brasil não cresce quase nada. A despeito de ter os maiores juros do mundo, convivemos com uma inflação que só não explodiu os limites de uma meta que já é muito generosa porque o governo manipula fragorosamente preços como os dos combustíveis e da energia elétrica.

Nestes últimos anos, o país também viu dinamitada a boa reputação arduamente construída a respeito da solidez e da credibilidade de suas contas públicas. O governo anuncia manobras fiscais na mesma medida em que descumpre, mês após mês, os compromissos em bem gerir os recursos públicos recolhidos dos contribuintes que pagam seus impostos.

Não há muita esperança quanto a dias melhores – não enquanto estivermos sob a gestão do PT. A economia não mostra fôlego para crescer muito acima da média atual: talvez a benfazeja leva atual de privatizações ajude a elevar o resultado de 2014 para algo mais próximo de 2,5%. Ou seja, nada excepcional.

Para complicar, o Brasil deve ter sua nota de classificação de risco rebaixada no ano que vem, o que encarecerá o crédito para um país que precisa urgentemente investir para gerar mais empregos e melhores oportunidades para seus cidadãos.

O PT mergulhou o país num mar de desconfiança, de falta de credibilidade, de temor em relação ao futuro. Há anos o governo não consegue construir nada novo, ao mesmo tempo em que implode os alicerces que nos fizeram chegar até aqui. A experiência com Dilma Rousseff é desastrosa. O Brasil não merece isso.

“Sistema proporcional nominal regionalizado”, por Marcus Pestana

Marcus-Pestana-Foto-George-Gianni-PSDB-300x200Belo Horizonte (MG) – No Brasil e no mundo, a democracia representativa vive uma crise de legitimidade. Mas, como disse, certa vez, Martin Luther King, “o que mais me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons”.

Se a imagem do Congresso brasileiro não é boa, isso não quer dizer que ele não tenha importância. Nas últimas três semanas, experimentei o melhor momento de meu mandato.

Primeiro, liderei a negociação na votação da MP do programa Mais Médicos, assegurando grandes avanços. Na semana seguinte, consegui emplacar, por nove votos a dois, no Grupo de Trabalho da Reforma Política, a proposta do voto proporcional nominal regionalizado.

A reforma política no Brasil não é objetivo cosmético ou modismo pós-modernista. O sistema hoje não aproxima as pessoas de sua representação, impõe campanhas caríssimas, é uma das portas para a corrupção, não fortalece os partidos e resulta em um péssimo ambiente para a governabilidade.

Nenhum dos modelos clássicos vivenciados pelas democracias avançadas consegue apoio majoritário para aprovação da reforma nos plenários da Câmara e do Senado. Nem o voto distrital puro (Estados Unidos, Reino Unido e França), nem o distrital misto (Alemanha), nem o proporcional em lista fechada (Espanha e Portugal) conseguem reunir os três quintos necessários para aprovação da inevitável Emenda Constitucional.

Visando à construção do consenso a partir das divergências explicitadas, eu, que defendo o sistema distrital misto, apresentei a proposta do voto proporcional nominal regionalizado. Para driblar desconfianças e resistências, a proposta restringe a mudança a uma única variável: o território.

A votação continuaria como é hoje. Um único voto por eleitor, na legenda ou no candidato e não na lista partidária fechada. E o cálculo das cadeiras de cada partido no Legislativo continuaria a ser proporcional e não pelo critério majoritário. Só que a disputa não se daria em escala estadual, e sim nas regiões eleitorais. São Paulo seria dividido em nove regiões, Minas em sete, Rio em seis, Bahia em cinco e assim por diante. O Congresso fixaria as diretrizes (as atuais regiões do IBGE, as atuais zonas e seções eleitorais, a contiguidade territorial e a conexão logística, a identidade cultural e social) e o TSE, com o apoio do IBGE, desenharia o mapa das regiões.

Com isso, aproximaríamos mais a sociedade de sua representação política, baratearíamos as campanhas, diminuiríamos a competição interna nos partidos, alimentando a união e a solidariedade partidária, e melhoraríamos a governança e a governabilidade.

Essa proposta venceu progressivamente as outras quatro com o apoio, na rodada final, de Espiridião Amin (PP), Marcelo de Castro (PMDB), Miro Teixeira (PROS), Sandro Alex (PPS), Ricardo Berzoini (PT), entre outros. Registre-se a condução firme e objetiva do deputado Cândido Vacarezza (PT) na condução dos trabalhos.

*Marcus Pestana é presidente do PSDB de Minas Gerais e deputados federal

**O artigo foi publicado no jornal O Tempo na edição desta segunda-feira  28/10/2013

PSDB foi o responsável pelas principais conquistas sociais e educacionais do Brasil em 20 anos

padrao_foto_logo-300x200As estatísticas comprovam que o PSDB foi o responsável pelos principais avanços do país em áreas como educação, expansão de serviços públicos e ampliação dos bens de consumo básicos nos últimos 20 anos.

Levantamento feito pelo jornal “O Globo” com base em dados do IBGE mostra que o governo tucano, com Fernando Henrique Cardoso, conseguiu avançar muito mais em 10 anos do que as gestões de Lula e Dilma entre 2002 e 2012.

Para o deputado Nilson Pinto (PSDB-PA), os dados mostram que as grandes transformações das últimas décadas foram iniciadas e desenvolvidas em grande parte no governo tucano. “Foi o governo do PSDB que teve a coragem de fazer as reformas que o país precisava, seja na área da administração pública, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, seja na educação, com o Fundeb, ou mesmo na administração pública e nas comunicações, assim como na saúde, com o fortalecimento do SUS”, lembra o parlamentar.

De acordo com o levantamento, entre 1992 e 2002 houve uma expansão maior nos serviços públicos básicos — iluminação elétrica, esgotamento sanitário, abastecimento de água e coleta de lixo — do que na década petista. Apesar da propaganda intensa no governo Lula do programa “Luz Para Todos”, a maior expansão do sistema ocorreu verdadeiramente na década anterior, quando o percentual de domicílios atendidos saltou de 88,8% para 96,6%. Em 2012, o índice foi de 99,7% das residências.

Na coleta de lixo, a diferença é ainda maior. Entre 1992 e 2002, o percentual de domicílios com lixo coletado vai de 66,6% para 84,8%, um avanço de 27,4%. Desde o início da gestão petista, o crescimento foi de apenas 6,01%. Com a estabilização da moeda e a abertura da economia durante os governos Itamar/FH, os eletrodomésticos básicos, como geladeira, fogão e televisão, também chegaram aos domicílios mais pobres. O aumento desses itens é aproximadamente duas vezes maior nos governos tucanos em relação aos governos petistas.

Na educação, não é diferente. Com Fernando Henrique e Itamar, o ensino fundamental foi praticamente universalizado: subiu de 86,6% para 96,9% o índice de crianças entre 7 e 14 anos na escola. A vantagem se repete na quantidade de crianças de 5 e 6 anos e de 15 a 17 anos em sala de aula. No primeiro grupo, o avanço é de 43,2% entre 1992 e 2002, contra 19,2% entre 2002 e 2012. Entre os adolescentes a diferença é ainda maior: 36,6% contra 3,4%. Os índices também são favoráveis a FH na redução do analfabetismo e na elevação do percentual de pessoas com mais de oito anos de estudo.

Nilson Pinto explica que os índices em que o governo petista apresenta melhores resultados só foram possíveis graças às reformas feitas pela gestão tucana. É caso da redução da desigualdade social, que se deu após a estabilidade econômica obtida com o Plano Real e a estabilização da economia na administração do PSDB.

“A grande conquista que foi a estabilidade econômica é que permitiu uma melhor distribuição de renda no país. Não foi por causa do governo petista, mas foi apesar dele, isso pôde se consolidar”, destaca.

O parlamentar alerta ainda para os riscos à estabilidade impostos pelo governo petista. “A gestão quase irresponsável do PT não aprofundou as conquistas, nem fez novas reformas. Surfaram nas conquistas anteriores e nos levaram a essa crise de confiança, em que as pessoas vão às ruas reclamar pela falta de avanços”, lamentou.

Na avaliação do deputado, os governos de Lula e Dilma apenas se apropriaram das reformas realizadas anteriormente e navegaram de uma forma quase irresponsável nos sucessos obtidos, como se tivessem sido eles os realizadores. “A pesquisa mostra muito bem a realidade para os que não viveram aquele tempo. As melhorias foram interrompidas, não houve complementação nem continuidade. O modelo está se exaurindo porque o governo não deu continuidade com a ênfase necessária ao aprofundamento daquelas conquistas”, concluiu Nilson Pinto.

 

Do Portal do PSDB na Câmara

Número de empregos na indústria tem quarta baixa consecutiva, a maior desde 2009

industria-foto-divulgacao--300x209Brasília – A indústria brasileira segue em queda. O número de empregados no setor recuou em 0,6% na comparação entre julho e agosto. É a quarta queda mensal consecutiva e a maior registrada desde abril de 2009. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados em reportagem do jornal O Globo, nesta quinta-feira (10).

A diminuição do número de empregados foi identificada em 13 das 18 categorias pesquisadas. Também na comparação entre julho e agosto, houve recuo de 2,5% na folha de pagamento real, que mede os valores pagos aos profissionais.

O quadro negativo não surpreende o presidente nacional do Núcleo Sindical do PSDB, deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB). Para ele, o país vive um ciclo de desaceleração da economia que tem na redução da quantidade de postos de trabalho um dos efeitos mais sérios.

“A combinação é muito simples de compreender. A soma entre juros altos, inflação em subida e crescimento pequeno do PIB gera poucos empregos”, disse.

Ramalho afirma que o setor produtivo se sente desestimulado e não se vê encorajado em investir no país: “Os juros altos fazem com que, para muitas pessoas, seja mais interessante especular do que investir”, criticou, contestando a decisão de aumento da taxa Selic, anunciada na quarta-feira (9) pelo Banco Central.

O tucano lamenta que, mesmo com um cenário de crise, ainda existam poucas mobilizações de sindicalistas que cobram atitudes do governo: “Infelizmente, há muitos que estão instalados dentro do governo e por isso optam por não combater, não criticar o que está errado. É um grande problema”.